Contrariando as expectativas, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) elevou as projeções de produção de milho nos EUA. Após a divulgação do relatório de Oferta e Demanda, alguns contratos futuros do cereal negociados na CBOT (Bolsa de Chicago) caíram em até 25 centavos de Dólar.
“A queda na área plantada foi tímida, e o que surpreendeu foi o aumento na produtividade das lavouras”, aponta a Consultoria ARC Mercosul. “Junto a redução no consumo de milho nos EUA, e da elevação da produção na Ucrânia, os estoques finais americanos e globais cresceram, o que pressionou as cotações do milho em Chicago. Para o Brasil, os preços no curto prazo foram pressionados, porém o suporte positivo vindo da demanda permanece presente. O USDA elevou sua projeção de exportação do milho brasileiro para 37 milhões de toneladas”, completou a ARC Mercosul.
PARA O BRASIL, MELHOROU
De acordo com a T&F Consultoria, os dados do USDA para o milho foram bons para o Brasil: “O ponto chave da tendência dos preços do milho no Brasil era a exportação […] A queda de 2,62 milhões de toneladas na exportação de milho norte-americano foi compensada com o aumento de 2,0 MT da Ucrânia”.
“Por que foram bons? Porque os estoques finais de milho do Brasil, projetados pela Conab, são mais de 17 milhões de toneladas e precisariam cair para próximo de 10 MT para os preços do milho voltarem a subir significativamente, escoados pela exportação. O ajuste para cima nas exportações brasileiras, reduz em mais 3 MT os nossos estoques finais, que estão muito altos”, conclui o analista da T&F Luiz Pacheco.
Postagem: Marina Carvejani
Autor: Leonardo Gottems
Fonte: Agrolink