O mercado de trigo apresentou altas significativas nesta quarta-feira (20), impulsionado pela escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia, conforme análise da TF Agroeconômica. Na Bolsa de Chicago (CBOT), o contrato de dezembro de 2024 do trigo brando SRW, relevante para produtores e exportadores brasileiros, subiu 0,50% (2,75 cents/bushel), fechando em $552,50.
Já o contrato de março de 2025 avançou 0,79% (4,50 cents/bushel), alcançando $572,25. No Kansas, o trigo duro HRW para dezembro teve alta de 0,63% (3,50 cents/bushel), sendo negociado a $561,75, enquanto o trigo HRS de Minneapolis subiu 0,89% (5,25 cents/bushel), encerrando a $592,00. Na Euronext de Paris, o trigo para moagem de dezembro aumentou 0,80% (1,75 euros), fechando a €219,75 por tonelada.
Conflito geopolítico pressiona altas no mercado
Os analistas apontaram a escalada do conflito entre os dois maiores exportadores mundiais de trigo e milho como o principal fator para o aumento nas cotações. Esse cenário instabilizou o mercado e reverteu as quedas observadas durante a sessão noturna na CBOT. Os fundos de investimentos reagiram recomprando contratos em aberto para se proteger contra possíveis elevações bruscas nos preços.
Atualmente, a Rússia lidera como maior exportador global de trigo, enquanto a Ucrânia ocupa o quarto lugar como fornecedor de milho. A incerteza sobre a continuidade do fornecimento dessas commodities reflete-se diretamente nos mercados internacionais, elevando prêmios e movimentando os contratos futuros.
Tendências positivas em outras bolsas
Os fechamentos de mercados em outras regiões, como Argentina, Londres e Austrália, também apresentaram tendências positivas, conforme tabelas de fechamento divulgadas. Esse movimento reforça a perspectiva de alta no setor, com atenção redobrada para os desdobramentos do conflito geopolítico.
Impactos no setor de commodities
As cotações em alta evidenciam a interligação entre trigo e milho na cadeia de ração, afetada diretamente pelas tensões geopolíticas. Com os mercados reagindo à escalada do conflito, analistas destacam a necessidade de monitoramento constante, sobretudo para produtores e exportadores que dependem de condições mais estáveis.
Fonte: Leonardo Gottems | Notícias Agrícolas