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A semana começa com preços altos para a soja na Bolsa de Chicago. Nesta segunda-feira (19), os futuros da oleaginosa, por volta de 7h50 (horário de Brasília), subiam entre 7 e 9,25 pontos, depois de um final de semana de tempo seco e quente no oeste dos Estados Unidos. Assim, o agosto tinha US$ 14,62 e o novembro, referência para a safra americana, tinha US$ 14,01 por bushel.
Como relata o diretor geral do Grupo Labhoro, GinaldoSousa, o final de semana de tempo mais seco nas regiões que já vêm sofrend com essas condições confirmaram as previsões da última sexta-feira (16). E o mapa atualizado do NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, mostra que o coração do cinturão nao deverá receber grandes volumes de precipitações nos próximos cinco dias.
“Os modelos climáticos, de certa forma, estão em sintonia e o GFS define como clima predominantemente seco, altas temperaturas e chuvas limitadas para a área central americana nos próximos 10 dias. A principal preocupação é com o sistema de alta pressão que está aumentando em direção a área central americana e pode permanecer até o inicio de agosto, onde a polinização do milho estará acontecendo”, explica Sousa.
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Os estados que seguem sofrendo mais são Minnesota, Nebraska, as Dakotas e Iowa, maior estado produtor de milho dos Estados Unidos. E nestes pontos, o tempo seco tende a persistir. Já no leste do país, algumas precipitações moderadas poderão ser registradas.
“Pelos mapas divulgados durante este final de semana, com previsões mostrando poucas chuvas e temperaturas acima do normal no lado Oeste e planícies do Norte, com o agravante de que o sistema de alta pressão está avançando para a área central americana, achamos muito provável que o mercado comece colocar prêmio clima para milho e soja”, completa o diretor da Labhoro.
Assim, o mercado espera pelo novo boletim semanal de acompanhamento de safras que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no final da tarde, após o fechamento dos negócios na CBOT, atualizando as condições das lavouras norte-americanas.
Os trades também acompanham as condições climáticas em outros países do Hemisfério Norte que vêm sofrend com as adversidades, como o Canadá com o calor severo e a Alemanha, segunda maior produtora de trigo do mundo, com o excesso de chuvas.
Por: Carla Mendes | Notícias Agrícolas