Os números que estão disponíveis na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmam: com a atual capacidade autorizada de produzir 14,7 bilhões de litros* e uma elevada ociosidade – cerca de 49% –, a indústria brasileira do biodiesel tem plenas condições para atender à mistura de biodiesel adicionado ao diesel comercial de até 20% (B20), de acordo com a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio).
A Aprobio, Abiove, Ubrabio e FPBio do Congresso Nacional indicam que o B20 exigirá 13,2 bilhões de litros de biodiesel, cerca de 89,8% da capacidade atual. Ademais, em abril de 2023, o CNPE elevou o biodiesel de 10% para 12%, aumentando progressivamente para 15% até março de 2025. Atualmente, a Câmara dos Deputados está prestes a votar o Projeto de Lei Combustível do Futuro, que propõe limites para a mistura, podendo chegar até 25%.
Alceu Moreira, presidente da FPBio, destaca a importância de aprovar o projeto para garantir decenalidade e segurança jurídica às plantas industriais. Atualmente, o parque industrial possui 60 usinas, com 10 em expansão e oito em construção. A capacidade instalada atual já permite a produção do B20 e, com as expansões, também seria possível atender cerca de 25% da mistura de biodiesel.
*Em 20 de fevereiro, constavam no site da ANP 60 usinas autorizadas com capacidade de produzir 40.702 m³/dia. Multiplica-se essa capacidade diária por 360 dias para calcular a capacidade anual, o que resulta em 14.652.720 m³, ou 14,7 bilhões de litros de diesel.
Fonte: Datagro