Segundo a análise semanal do Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a safra de trigo 2024, portanto, deve sofrer uma redução, com a produção estimada em 3,1 milhões de toneladas. Isso representa uma queda de 14% em comparação com a colheita de 2023. Em 2023, foram 3,6 milhões de toneladas, ou seja, 17% abaixo do esperado para a safra atual de 3,8 milhões de toneladas.
Ademais, o principal fator para essa redução é a seca, que tem atingido duramente a região Norte do Paraná. Lugar onde as lavouras já colhidas apresentaram uma produtividade média inferior a 2.000 kg/ha em mais de 70 mil hectares. Com mais de um quarto das lavouras restantes em condições ruins, por conseguinte, espera-se que a produtividade continue baixa nas próximas semanas.
Além da seca, as geadas também impactaram negativamente a produção, embora a extensão desses danos ainda não esteja totalmente clara. Divulgaremos dados mais precisos na atualização de setembro, à medida que a colheita avance nas áreas afetadas.
Por outro lado, a cevada tem mostrado resiliência às adversidades climáticas, com uma produção estimada em 331,5 mil toneladas, um aumento de 19% em relação à safra de 2023, que foi de 278 mil toneladas. A seca foi menos severa no Sul do Paraná, e o ciclo mais longo da cevada ajudou a cultura a escapar de perdas significativas durante as geadas.
Fonte: Seane Lennon | Agrolink