Imagem: Pixabay
Austrália com safra menor é um cenário provável.
Levando em consideração que o el niño tende a aumentar a ocorrência de chuvas a partir de agora, é possível que ele cause mudanças na produção de trigo. De acordo com a TF Agroeconômica, os próximos 40 dias serão cruciais para que seja feita uma avaliação mais detalhada sobre o panorama do trigo brasileiro.
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“Ao vislumbrar que El Niño tende a aumentar a probabilidade de chuvas na colheita do trigo brasileiro, podemos assumir um cenário muito provável de safra cheia na Argentina e possível problema com chuvas na colheita brasileira e talvez até seca durante a safra reduzindo produtividade. Austrália com safra menor é um cenário provável mediante efetivo El Niño. Talvez seja interessante avaliar em 40 dias após findar maio e ter mais fatos e dados a respeito do El Niño”, comenta.
A consultoria citou um artigo publicado no The Convesation, escito por Paloma Trascasa-Castro é doutoranda em Ciência do Clima no Centro de Supercomputação Barcelona, na Universidade de Leeds, na Inglaterra. “Durante um El Niño, o oceano transfere parte desse excesso de calor e umidade para a atmosfera, como quando você cozinha macarrão e sua cozinha fica cheia de vapor. Além da tendência de aquecimento global, um forte El Niño pode adicionar até 0,2°C à temperatura média da Terra. O ano mais quente já registrado foi 2016, durante um El Niño particularmente forte”, disse ela.
“Durante os eventos do El Niño, a queda da precipitação e o aumento da temperatura na Colômbia foram associados a surtos de doenças transmitidas por insetos, como malária e dengue . Temperaturas mais altas durante o El Niño aumentam as taxas nas quais os mosquitos se reproduzem e picam. Em outros lugares durante um El Niño, a Floresta Amazônica seca e o crescimento da vegetação diminui para que menos CO2 seja absorvido da atmosfera, uma tendência repetida nas florestas tropicais da África, Índia e Austrália”, conclui.
Fonte: Leonardo Gottems | Agrolink