Os preços dos suínos e da carne de porco no Brasil acabaram registrando um aumento devido à crescente demanda da China para esse tipo de produto. Foi isso que informou a CaneTec Brasil, a partir de dados divulgadps pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
“A intensificação das compras de novos lotes de animais para abate por parte de grandes agroindústrias integradoras, devido à expectativa de incremento nas exportações da proteína à China, impulsionou os preços do suíno vivo no mercado independente”, disse o Cepea em nota.
Isso porque os casos de peste suína africana na China continuam dizimando o rebanho do país asiático, elevando a demanda chinesa por carnes importadas. “A situação não tem previsão para se normalizar, o que mantém aquecido o mercado internacional suinícola, uma vez que o país asiático tem comprado grandes volumes de carne suína no exterior”, disse o Cepea.
“No início do mês, a China autorizou mais 25 frigoríficos brasileiros a exportarem carnes para o país, mas apenas um deles é de carne suína. O suíno no mercado independente está sendo negociado em um dos maiores patamares do ano, atrás somente de valores de junho e julho, quando o Brasil acelerou as exportações de carnes, segundo o Cepea”, informou a CarneTec.
O indicador do suíno vivo Cepea/Esalq subiu mais de 5% no mês, até quarta-feira (25), nas principais praças do país, com destaque para o animal posto em São Paulo, que teve alta de 11,7%, a R$ 4,86/kg, e em Minas Gerais, onde o aumento foi de 11,1%, para R$ 4,99/kg. Já a carcaça suína no atacado da Grande São Paulo subiu 16,03% no mês, a R$ 7,31/kg.
Autor: Leonardo Gottens
Fonte: Agrolink