De acordo com a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), os preços do milho no Brasil registraram uma leve melhora, mantendo um ritmo de alta lento, mas constante. No Rio Grande do Sul, o preço médio foi de R$ 59,90 por saca, com praças locais próximas a R$ 58,00. Em outras regiões do país, as cotações oscilaram entre R$ 42,00 e R$ 62,00 por saca, refletindo variações regionais devido às condições climáticas e logísticas.
Segundo dados divulgados pela Secex, nas duas primeiras semanas de setembro de 2024, o país exportou 4,7 milhões de toneladas de milho. Um volume abaixo do ritmo registrado no mesmo período em setembro de 2023. A média diária de exportações recuou 28,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Especialistas do setor preveem que, ao final de 2024, as exportações totais de milho somem aproximadamente 36 milhões de toneladas, uma queda considerável quando comparada às 55 milhões de toneladas exportadas em 2023.
Em relação ao plantio da nova safra de verão, a Conab informou que até 22/09, 16,2% da área prevista foi semeada. Os estados mais avançados nesse processo são Rio Grande do Sul (51%), Paraná (46%) e Santa Catarina (22%). Dentre as áreas plantadas, 41,8% das lavouras estão na fase de emergência, enquanto 58,2% estão em desenvolvimento vegetativo.
Desempenho do plantio e preços do milho variam
No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) relatou que o plantio do milho de verão alcançou 60% da área esperada no início desta semana. Um desempenho inferior aos 71% registrados no mesmo período de 2023. Por outro lado, no Mato Grosso, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) reportou que, entre 16 e 20 de setembro, o preço médio do milho no estado foi de R$ 41,52 por saca, representando um aumento de 7,1% em relação ao mês anterior. Além disso, quando comparado ao mesmo período de 2023, o incremento foi de 16%, com a saca cotada a R$ 35,78 no ano passado.
Entretanto, no Mato Grosso do Sul, a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) informou que a produtividade média da safrinha recém-colhida ficou em 67 sacas por hectare, totalizando uma produção de 8,46 milhões de toneladas em uma área de 2,1 milhões de hectares. Apesar desses números, a produtividade ficou 19,2% abaixo das expectativas, tornando a atual safra a terceira pior em produtividade nos últimos 10 anos no estado.
Fonte: Seane Lennon | Agrolink