Negociações acima da referência média para a arroba do boi ocorreram em alguns estados brasileiros durante a semana, como São Paulo e Mato Grosso do Sul. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os frigoríficos nesses estados pagaram mais pela arroba na tentativa de manter escalas confortáveis de abate em um período de maior demanda.
Ele destacou, porém, que em vários estados brasileiros o perfil das negociações se sustentou, com estabilidade ou mesmo queda nas cotações da arroba. No decorrer do mês de novembro, os animais confinados entraram de forma relevante, constituindo um fator a ser mencionado. No entanto, essa oferta sofrerá gradativa redução, em especial durante o mês de dezembro. “O agravante é que não haverá grande volume de oferta de animais terminados a pasto neste final de ano, em função das chuvas irregulares no Centro-Norte brasileiro”, sinaliza.
Preços internos da arroba do boi
Na cidade de São Paulo, a cotação da arroba do boi a prazo atingiu R$ 235,00, representando um aumento de 2,17% em comparação com os R$ 230,00 praticados na semana anterior. Na cidade de Uberaba (MG), o preço a prazo para a arroba foi cotado em R$ 230,00, refletindo uma queda de 2,35% em comparação com os R$ 235,00 registrados na semana passada.
Em Cuiabá (MT), ocorreu uma queda de 0,48% no valor da arroba. Ao longo da semana, o preço diminuiu de R$ 210,00 para R$ 209,00. Na última semana, o preço a prazo da arroba em Uberaba (MG) foi cotado a R$ 230,00. Isso representa uma queda de 2,35% em comparação aos R$ 235,00 registrados anteriormente. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 230,00, sem mudanças.
Preços dos cortes do traseiro seguem reagindo no mercado atacadista
passando, então, de R$ 18,00 para R$ 19,00 durante a semana. Isso ocorre, contudo, devido à perspectiva de uma demanda mais forte nos últimos meses do ano. Os cortes dianteiros, entretanto, sofreram uma desvalorização de 1,56% devido à intensificada concorrência com a carne de frango. Seu preço, portanto, caiu de R$ 13,00 para R$ 12,80.
Iglesias destaca uma tendência de continuidade no movimento de alta nos cortes do traseiro bovino. Isso se deve à demanda mais aquecida nesta época do ano. Ele destaca que o décimo terceiro salário e outras bonificações sazonais, juntamente com confraternizações empresariais, impulsionam o consumo de proteínas de origem animal. A criação de postos temporários de trabalho também contribui para esse estímulo.
Fonte: Safras & Mercado