Imagem: Pixabay
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos de funcionários da Petrobras aprovaram a realização de uma paralisação no início do expediente na próxima sexta-feira, em protesto contra a venda de ativos da companhia, segundo comunicado enviado nesta segunda-feira.
A FUP e seus sindicatos aprovaram ainda, na última sexta-feira, calendário de assembleias para avaliar uma possível greve da categoria.
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O movimento vem após a diretoria executiva da companhia, ainda amplamente formada por diretores eleitos na gestão anterior, ter decidido após análises preliminares pela retomada do processo de transferência de ativos que tiveram contratos de venda assinados.
A Petrobras tem pendentes transações já assinadas de mais de 2 bilhões de dólares.
As análises foram realizadas após pedido do Ministério de Minas e Energia no início do mês para uma suspensão das alienações de ativos por 90 dias, em razão da reavaliação da Política Energética Nacional, o que gerou insegurança em agentes do mercado.
Os processos em que não houve contratos finais assinados seguirão em avaliação pela petroleira.
Em nota, coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, disse que a deliberação “rápida” da diretoria vai contra o que foi defendido em campanha pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“É inadmissível que profissionais alinhados ao governo anterior sigam entranhados na gestão da empresa, inviabilizando e boicotando o programa de governo que foi aprovado nas urnas”, afirmou Bacelar na nota
Após o início do governo do presidente Lula, apenas o presidente da petroleira estatal foi alterado na alta cúpula da companhia.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.
Geralmente, a companhia coloca equipes de contingência para atuar nas operações, evitando impacto mais acentuados na produção quando a paralisação não chega a ser a ampla.
Atualmente, nomes indicados à diretoria e ao conselho da estatal pela União e pelo novo presidente, Jean Paul Prates, passam por testes internos de integridade e elegibilidade.
No caso do conselho, indicado pela União, a expectativa é que os novos nomes possam ser aprovados em assembleia de acionistas no fim de abril. Mas o governo já realizou duas alterações na lista de indicados, além de sugerir novos nomes recentemente, em meio a temores de vetos tendo em vista regras que constam na Lei das Estatais.
Fonte: Marta Nogueira | Notícias Agrícolas