Da Redação – Viviane Petroli
Foto: José Medeiros/GCom-MT
Mato Grosso possui cerca de 427 propriedades na Lista Trace da União Europeia, ou seja, que estão habilitadas para exportar carne bovina, conforme listagem atualizada em 29 de setembro deste ano, que consta no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A diferença paga por alguns frigoríficos aos pecuaristas por um animal rastreado (habilitado) para a União Europeia chega é de aproximadamente R$ 2 por arroba, ante o valor pago pelo animal destinado ao mercado nacional ou lista geral de exportações, como Irã, Jordânia.
Nesta semana a arroba do boi à vista em Mato Grosso ficou em média a R$ 133,24, variando entre R$ 129,89 em Juara e R$ 136,39 em Rondonópolis. Uma arroba equivale a 15 quilos.
A diferença entre um animal destinado para a exportação para a União Europeia e lista geral, explica o gerente de compra de gado da Marfrig, em Paranatinga, João Marcos Stefanes, é que a habilitação é da propriedade rural.
Stefanes explica, ainda, que o animal rastreado para a União Europeia precisa passar por uma noventena na propriedade antes de ir para o frigorífico. “Cumprindo a noventena do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) dele, o animal vem identificado para nós com um brinco na orelha, incluindo o documento de identidade do animal. Chegando aqui, nós damos baixa desse animal, certificando que ele cumpriu todas as exigências e requisitos o pecuarista tem essa diferença na arroba”, pontuou ao Agro Olhar.
Em média a Fazenda Bonanza, do Grupo Zanetti, localizada em Poxoréu, abate em média 12 mil cabeças/ano para exportação. Conforme o pecuarista Anderson Zanetti, toda a produção é destinada para as exportações. Ele avalia que vale investir na produção destinada para tal fim.
“O produtor rural tem que se profissionalizar cada vez mais. Você fazer uma carne padrão de exportação é saudável para o bolso. Há investimentos, porém eu vejo o seguinte, todas as fazendas que investiram na rastreabilidade acabaram que elas próprias se organizaram da porteira para dentro também”, comentou Zanetti ao Agro Olhar, durante visita a unidade da Marfrig, em Paranatinga, no dia 24 de setembro.