Oscilação do câmbio impulsiona preço da soja no Brasil

Oscilação do câmbio impulsiona preço da soja no Brasil
Imagem: Canva

Os preços da soja no Brasil registraram alta ao longo da última semana, impulsionados pela valorização do câmbio, que alcançou picos de R$ 5,70 por dólar, próximo a recordes históricos. Segundo a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), a média de preços no Rio Grande do Sul fechou em R$ 125,82 por saca, com negociações locais variando entre R$ 126 e R$ 129. Em outras regiões do país, as cotações oscilaram de R$ 124 a R$ 142 por saca, refletindo tanto as expectativas do mercado quanto a influência cambial.

A CEEMA alerta que, caso o câmbio recue para entre R$ 5,00 e R$ 5,20 por dólar durante a colheita gaúcha em março/abril de 2025, o preço da saca poderá cair para uma faixa entre R$ 89 e R$ 93. No entanto, se o dólar permanecer valorizado em torno de R$ 5,40, e o preço internacional da soja se mantiver próximo dos atuais US$ 9,70 por bushel, o valor por saca poderá chegar a R$ 103. “Embora uma desvalorização cambial possa elevar as cotações, os custos de produção também aumentam, o que compromete a margem de lucro do produtor”, destaca o relatório.

Margem apertada e custos elevados preocupam o setor

O estudo, além disso, expõe a dificuldade enfrentada por agricultores, especialmente no Mato Grosso, que é o maior produtor de soja do Brasil. Nesse sentido, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) projeta um custo de produção de R$ 7.118,38 por hectare na safra 2024/25. Por outro lado, a receita estimada para o período é de R$ 6.507,98 por hectare. Assim, com esses valores, espera-se um déficit de R$ 610,40 por hectare, considerando uma produtividade média de 57 sacas por hectare.

“Essa é uma situação que se repete em várias regiões do país”, alerta a CEEMA. Portanto, a entidade reforça que, para mitigar prejuízos, os produtores precisam adotar uma gestão eficiente dos custos e da comercialização, aproveitando, sempre que possível, janelas favoráveis do mercado.

Perspectivas de safra e esmagamento elevam projeções para exportações

A produção brasileira de soja deve atingir entre 165 e 172 milhões de toneladas em 2025, segundo dados preliminares da Safras & Mercado. Se confirmado, esse volume poderá aumentar a oferta total da oleaginosa em 11% em relação ao ano anterior. Isso também elevará os estoques finais em 181%, atingindo 9,2 milhões de toneladas.

No setor de esmagamento, a previsão é de que 55,5 milhões de toneladas de soja sejam processadas em 2025. A produção de farelo pode atingir 42,7 milhões de toneladas. Esse volume representa um crescimento de 2% em relação ao ano anterior. Já o óleo de soja deverá alcançar 11,1 milhões de toneladas, com 6 milhões destinadas à produção de biodiesel, segundo a CEEMA. Apesar desse avanço, espera-se que os estoques do subproduto recuem 35%, para 275 mil toneladas.

Plantio atrasado, mas chuvas voltando ao normal

O relatório da CEEMA também destaca o ritmo lento da semeadura da safra atual. Até 17 de outubro, apenas 18% da área esperada havia sido plantada, comparado a 30% no mesmo período do ano anterior, segundo a AgRural. No entanto, a regularização do regime de chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte/Nordeste em outubro traz alívio para os produtores. Com o retorno das chuvas, o plantio nas áreas afetadas deve acelerar nas próximas semanas.

Fonte: Aline Merladete | Agrolink

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