Imagem: Pixabay
Iniciativa, promovida por Nações Unidas e Turquia, foi criada para reintroduzir exportações vitais de alimentos e fertilizantes da Ucrânia e da Rússia para o resto do mundo.
O chefe de Assuntos Humanitários da ONU alertou o Conselho de Segurança nesta segunda-feira (6) que mais esforços devem ser feitos para alcançar quase 18 milhões de pessoas sofrem com as consequências da guerra na Ucrânia.
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Às vésperas do marco de um ano desde o início da invasão russa, Martin Griffiths afirmou que “há muito a ser feito” com quase 40% da população ucraniana precisando de ajuda humanitária.
Violência contínua
Segundo o subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, o plano de resposta humanitária para o país em 2023 deve ser lançado em Genebra e precisa levantar US$ 3,9 bilhões para atender mais de 11 milhões de ucranianos.
Ele também afirmou que embora boa parte da infraestrutura civil, como casas, escolas e hospitais, tenha sido destruída e cidades inteiras tenham ficado danificadas, “a violência não mostra sinais de diminuir”.
Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde, OMS, documentou 14 mil vítimas civis, 17,7 milhões de pessoas necessitadas de assistência humanitária e 7,5 milhões de refugiados ucranianos deslocados em toda a Europa. O relatório cobriu os primeiros nove meses do conflito.
Em dezembro, Martin Griffiths esteve no país e testemunhou comunidades inteiras sem eletricidade e suprimentos essenciais.
Atuação das Nações Unidas
Segundo o subsecretário-geral, a ONU fornece assistência a 15,8 milhões de pessoas, incluindo 1,3 milhão fora do controle do governo ucraniano.
Em seu discurso no Conselho de Segurança, ele adicionou que comboios de agências da ONU fornecem diversos tipos de apoio e contam com parceiros que enviam suprimentos agasalhos a materiais de construção para os mais necessitados.
O chefe de Assuntos Humanitários da ONU afirmou que as operações foram expandidas no ano passado, com a entrega de ajuda a locais perto da linha de frente nas áreas rurais de Donetsk, Zaporizhzhia, Kherson e Kharkiv.
Ele reforçou que é necessário “atingir mais pessoas, com mais frequência” para interromper a catástrofe humanitária e o sofrimento do povo ucraniano, bem como abordar as implicações globais da guerra nos preços de alimentos e energia, comércio e cadeias de suprimentos e as questões de segurança nuclear.
Acesso à ajuda humanitária
O chefe para Assuntos Humanitários acrescento que, apesar das repetidas tentativas, o acesso humanitário a áreas sob controle militar russo se tornou cada vez mais imprevisível e impedido.
Ele lembrou a todas as partes na Ucrânia que tomem cuidado constante para poupar civis e garantir a passagem de entregas de ajuda.
Sobre a Iniciativa de Grãos do Mar Negro, Martin Griffiths afirmou que o acordo continua avançando e apontou para a necessidade crítica de sua renovação em março.
Além disso, ele disse que ONU deve pressionar para facilitar mais exportações de alimentos e fertilizantes da Rússia em um esforço mais amplo para enfrentar a insegurança alimentar global.
Fonte: Datagro