Imagem: Pixabay
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que a China suspendeu o embargo imposto à carne bovina do Brasil no começo de março. As vendas haviam sido interrompidas após a detecção de um caso atípico de vaca louca no Pará, no mês de fevereiro. Exames realizados descartaram riscos para o rebanho.
A Embaixada da China no Brasil ainda não confirmou oficialmente a retomada das compras. Também não houve, até o momento, qualquer posicionamento por parte do governo brasileiro.
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As exportações haviam sido suspensas pelo próprio Brasil em razão desse caso isolado, por conta de um acordo bilateral assinado entre o país e China quando problemas sanitários são detectados. Cabe aos chineses, porém, a decisão de manter a suspensão ou de retomar as compras.
Para o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, a notícia é bem importante para o setor e deve trazer grande movimentação ao mercado já a partir de hoje. “O mercado futuro deve subir bem nessa quinta-feira. No mercado físico os frigoríficos vão voltar a correr atrás de boi padrão China, com uma movimentação na compra de gado das indústrias, o que deve elevar o preço do boi em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e outros estados”, sinaliza.
Iglesias ressalta que o frigorífico exportador, que está com os estoques cheios de carne bovina, vai tentar escoar esse produto armazenado com destino à China primeiramente. “Então deve levar em torno de 20 dias até os frigoríficos conseguirem normalizar as escalas de abate, até os abates serem retomados dentro do que ocorria anteriormente”, afirma.
A tendência, conforme o analista, é que o mercado de boi possa vir a trabalhar com um viés de alta nas cotações da arroba nos próximos 20 dias, até que a situação de envio dos embarques consiga atingir novamente a normalidade.
Fonte: Safras & Mercado