De acordo com a Aenda (Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas), o faturamento total do mercado de agroquímicos em 2015 somou US$ 10,04 bilhões. As estatísticas revelam que as dez primeiras colocadas concentram US$ 8,491 bilhões em vendas, o que significa nada menos que 84,52% do total do mercado brasileiro.
O resultado representa uma queda em relação ao ano de 2014, quando as dez empresas de melhor performance de vendas no setor de defensivos agrícolas comercializaram US$ 10,12 bilhões. Por outro lado, houve um aumento da concentração de mercado entre as top 10 na ordem de 1,5 ponto percentual.
A liderança segue com a Syngenta, apesar de registrar uma queda de vendas de US$ 295 milhões no ano passado em relação a 2014. O resultado se refere ao último ano antes da venda da companhia para a estatal China National Chemical (ChemChina). Um dos principais produtos responsáveis pelo bom desempenho da empresa no País foi o fungicida Elatus, utilizado no combate à principal doença que afeta a lavoura de soja no Brasil: a ferrugem asiática, responsável por perdas de 70% a 100% de produtividade.
Segunda colocada, a Bayer também amargou queda de US$ 233 milhões em suas vendas no Brasil na mesma base de comparação. A divisão CropScience registrou queda no mundo todo, mas especialmente na América Latina devido a “incertezas políticas, cenário macroeconômico e menor pressão de pestes”. Apesar disso, a multinacional mostrou que segue apostando no País ao abrir dois novos institutos de pesquisas agrícolas dentro de seu centro de inovação de Paulínia (SP).
Na sequência da lista figura a Basf, que manteve sua terceira posição com queda menor de vendas (US$ 95 milhões) em relação às suas concorrentes diretas. De acordo com a companhia, o problema no Brasil foi o mesmo da América Latina: “Um ambiente [político/econômico] volátil e a desvalorização de moedas locais, especialmente em mercados emergentes, tiveram um efeito negativo sobre os nossos negócios”.
Na quarta posição, a FMC ultrapassou a DuPont após adquirir a Cheminova em abril de 2015, integrando os portfólios. Quinta colocada, a DuPont também anunciou um acordo de fusão com a Dow (sexta posição), mas a operação foi anunciada apenas em Dezembro de 2015, não chegando a apresentar efeito prático ou reflexo nas vendas das empresas.
Monsanto, Adama e Nufarm mantiveram a sétima, oitava e nona colocação, respectivamente, na comparação de desempenho comercial de 2015 sobre 2014. A grande novidade na lista das dez maiores empresas de agroquímicos em termos de vendas no Brasil foi a Arysta, que entrou na décima posição após sua aquisição pela Platform Specialty Products Corporation, o que unificou o portfólio da empresa ao da Chemtura (também adquirida pelo Grupo Platform) – o que acabou empurrando a Ihara para fora do Top 10.
Faturamento por empresa no mercado brasileiro fitossanitário em 2015 |
||||
Ranking de 2015 (2014) |
Empresa |
Vendas em 2015 (US$) |
Vendas em 2014 (US$ mn) |
Variação % |
1 (1) |
Syngenta |
1.943 |
2.238 |
-13.2 |
2 (2) |
Bayer CropScience |
1.837 |
2.070 |
-11.3 |
3 (3) |
BASF |
1.005 |
1.100 |
-8.6 |
4 (-) |
FMC + Cheminova |
760 |
– |
– |
5 (4) |
DuPont |
721 |
1.012 |
-28.8 |
6 (6) |
Dow AgroSciences |
635 |
790 |
-19.6 |
7 (7) |
Monsanto |
434 |
610 |
-28.9 |
8 (8) |
ADAMA Brasil |
408 |
506 |
-19.4 |
9 (9) |
Nufarm |
393 |
490 |
-19.8 |
10 (-) |
Arysta + Chemtura |
355 |
– |
– |
11 (14) |
UPL |
342 |
278 |
+23.0 |
12 (10) |
IHARA |
315 |
418 |
-24.6 |
13 (12) |
Nortox |
224 |
320 |
-30.0 |
14 (15) |
Ourofino |
150 |
145 |
+3.4 |
15 (-) |
CCAB |
145 |
– |
– |
16 (16) |
Helm |
135 |
125 |
+8.0 |
17 (18) |
Rotam Brasil |
116 |
105 |
+10.5 |
18 (-) |
Consagro |
25 |
– |
– |
19 (20) |
Atanor do Brasil |
10 |
53 |
-81.1 |
TOTAL 2015 = US$ 10.040 |