Imagem: Pixabay
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) revisou as informações e as projeções do complexo soja para 2021 e 2022. As estimativas da entidade para 2021, que observam as análises das equipes de inteligência de mercado de suas associadas, sofreram ajustes. A produção cresceu 300 mil toneladas quando comparada à estimativa passada, para 138,3 milhões de toneladas, refletindo ganhos de produtividade.
Em relação ao óleo de soja, a exportação estimada para este ano também aumentou. Para o mercado doméstico, a Abiove ampliou ligeiramente o consumo projetado de óleo para fins alimentares, acompanhado, porém, de um recuo significativo do volume destinado à produção de biodiesel. Como resultado, avalia-se uma demanda interna em 8,2 milhões de toneladas, retração de 2% sobre a projeção passada.
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Para 2022, a Abiove estima nova e mais intensa redução do consumo doméstico de óleo de soja, para menos de 8,0 milhões de toneladas. Este volume fica aquém do valor registrado em 2020 (8,5 milhões de toneladas) e daquele esperado para 2021 (8,2 milhões de toneladas).
O recuo deve-se, mais uma vez, a menor necessidade da matéria-prima para a produção de biodiesel no País, simultânea à estabilidade do consumo para fins alimentícios, e resulta no inevitável redirecionamento de parte significativa da produção nacional à exportação, agora projetada em 1,6 milhão de toneladas.
A Abiove também revisou a sua estimativa de produção de soja in natura em 2022 para 144,8 milhões de toneladas, repercutindo em maiores exportação (recorde de 93,4 milhões de toneladas) e estoque de passagem.
O esmagamento, projetado em 48 milhões de toneladas, cresce, mas a taxas bem menores do que aquelas esperadas para as demais variáveis. Especificamente, as projeções da entidade para 2022 relativamente a 2021 apontam para um aumento anual de 5% da produção do grão, de 9% da exportação, 5% do seu estoque e de 3% do processamento. Não se descarta a possibilidade de reduzir a estimativa de processamento, diante dos estoques de passagem, especialmente para o farelo, e a depender da evolução dos fundamentos do mercado internacional.
Semelhante à soja em grão, a ABIOVE também projeta exportação recorde de farelo, influenciada principalmente pelas perspectivas promissoras de venda para países do Sudeste Asiático. A estimativa do consumo doméstico de farelo de soja atinge 18,1 milhões de toneladas em 2022, superior aos volumes de 2019 e 2021, mas ainda aquém daquele observado em 2020, quando atingiu 18,9 milhões de toneladas.
Os volumes importados serão mínimos, atendendo a necessidades residuais e, portanto, sinalizando para a plena capacidade da cadeia produtiva da soja no Brasil em atender tanto as necessidades domésticas quanto de exportação.
Fonte: DATAGRO