O Kremlin afirmou nesta segunda-feira (25) que, além disso, tem observado discussões no círculo de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, sobre um possível plano de paz para a Ucrânia. Por outro lado, acusou a atual administração de Joe Biden de escalar o conflito, em vez disso, buscar uma solução diplomática.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, posteriormente comentou o assunto após ser questionado sobre uma entrevista concedida por Mike Waltz, indicado por Trump como conselheiro de segurança nacional, à Fox News no último domingo (24).
Na entrevista, Waltz enfatizou ainda mais a preocupação de Trump com os combates e a necessidade de encerrar a guerra de forma responsável.
Discussões sobre envolvimento internacional e possível plano
Waltz também mencionou o envolvimento da Coreia do Norte e do Irã no conflito, o uso pela Rússia de mísseis balísticos hipersônicos contra a Ucrânia, e a permissão de alguns países ocidentais para que Kiev ataque alvos dentro da Rússia. Ele afirmou que a Coreia do Sul está considerando se envolver no conflito.
“Precisamos discutir quem estará à mesa e a estrutura de um possível acordo”, declarou Waltz.
Peskov afirmou que o Kremlin está ciente desses comentários e que o presidente Vladimir Putin já sinalizou, em diversas ocasiões, a disposição de Moscou para dialogar sobre a Ucrânia.
“De fato, do círculo de apoiadores de Trump e daqueles indicados para cargos na futura administração, as palavras ‘paz’ ou ‘plano de paz’ estão sendo ouvidas”, disse Peskov.
Putin define condições para paz, mas Kiev rejeita termos como inaceitáveis
No entanto, o governo atual (Biden) não menciona nenhuma dessas palavras, enquanto continua a realizar ações provocativas de escalada. Essa é a realidade que enfrentamos”, acrescentou.
Putin delineou em junho as condições para o início de negociações de paz. A Ucrânia deve abandonar sua ambição de ingressar na OTAN e ceder a totalidade das quatro províncias reivindicadas por Moscou.
Moscou alega que essas condições refletem a situação no campo de batalha, onde afirma estar avançando. No entanto, Kiev rejeita tais termos, considerando-os uma rendição inaceitável.
Fonte: Dmitry Antonov | Notícias Agrícolas