O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anunciou na noite desta terça-feira (12) o primeiro pacote econômico do governo de Javier Milei, empossado neste domingo (10) sob a bandeira da redução da máquina pública e da interferência estatal na economia.
Caputo deu início ao pronunciamento com a afirmação de que o país caminhava para a hiperinflação “diante da pior herança da história argentina”. Contudo, adiantou que a situação não deve aliviar para a população no curto prazo. “Estaremos pior do que antes durante alguns meses”, alertou.
Entre as medidas anunciadas, está a elevação da taxa de câmbio de 366,5 para 800 pesos, o que representa uma desvalorização de 54% da moeda ante o dólar norte-americano. O ministro justificou que o reajuste fornecerá “os incentivos necessários” para que as empresas produzam e invistam mais.
Em relação aos impostos sobre exportações, chamados de “retenciones”, a Casa Rosada irá aumentar provisoriamente as alíquotas para produtos não-agropecuários. Além disso, em algum momento, os subsídios à exportação serão eliminados.
Além disso, haverá a substituição do atual sistema de importações por um que dispensará a aprovação prévia de licenças. “Quem quiser importar, que o faça, e ponto”, disse Caputo.
Além disso, o governo federal apresentou a eliminação de novas licitações para obras públicas, a não renovação de contratos de trabalho do Estado com menos de um ano de vigência e a retirada de subsídios para energia e transporte.
Fonte: Datagro