Com a intenção de aumentar a safra e estimular os agricultores, o governo federal acelerou o processo para diminuir a burocracia e modernizar as normas do Ministério da Agricultura. O novo olhar tem sido direcionado especialmente para municípios do Nordeste, que se destacam na produção agrícola brasileira.
Segundo a última pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM) – Culturas temporárias e permanentes, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os municípios campeões em produção agrícola individual no Brasil e em produção de frutas ficam no Nordeste.
Entre as medidas adotadas está o Agro+, plano lançado em agosto voltado à desburocratização, modernização e simplificação de normas e procedimentos do Ministério da Agricultura. Com o Agro+, o governo pretende elevar de 6,9% para 10% a participação agronegócio brasileiro no comércio mundial agrícola.
O Agro+ surgiu após o Ministério da Agricultura ter intensificado as conversas com os agricultores locais para entender as falhas na legislação e as mudanças que precisam ser feitas para aumentar as produções.
Produção
Em 2015, o líder em produção agrícola individual foi São Desidério, na Bahia, que teve crescimento de 23,3% e respondeu por 1,1% do valor da produção nacional, com R$ 2,8 bilhões. O algodão é o principal item, responsável por 52,9% do valor produzido. Em seguida, vem a soja, com 39,6% – o município é o quarto maior produtor do grão no país.
Na fruticultura, a campeã é Petrolina, em Pernambuco. Com 2,8% da produção nacional e valor de R$ 749,6 milhões, o valor da produção aumentou 18% em 2015, e o município é o 28º no ranking agrícola do País. De acordo com o IBGE, grande parte da produção da cidade é destinada à exportação.
Apesar de ter uma área favorável para a plantação de frutas, alguns estados do Nordeste enfrentam uma crise hídrica que compromete a agricultura. O governo, no entanto, concentra os esforços na transposição do São Francisco e em ações que garantam a irrigação de áreas plantadas.
“Agora, com a transposição também do Rio São Francisco, os empresários, as produções podem se deslocar para áreas onde há condições de solo e de clima aproveitando a água do São Francisco que está chegando”, afirma o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.