Os agricultores das principais regiões produtoras de cacau da Costa do Marfim estão alarmados com a escassez de chuvas. Por isso, o desenvolvimento da safra intermediária, programada para o período de abril a setembro, está sob risco. De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a situação pode comprometer tanto a produtividade quanto a qualidade dos grãos.
A Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau, atualmente atravessa a estação seca. Essa estação, que vai de novembro a março, é caracterizada por baixos índices de precipitação. Além disso, agricultores relataram que a colheita principal já sofreu redução, e os próximos meses, especialmente fevereiro e março, serão desafiadores.
Nas regiões centro-oeste, como Daloa, e nas áreas centrais, como Bongouanou e Yamoussoukro, a ausência de chuvas na última semana começou a impactar diretamente as plantações. Por exemplo, a seca já afeta as primeiras flores e as vagens jovens de cacau, conhecidas como cherelles, o que pode reduzir o tamanho da safra intermediária.
“Se não chover bem até o início de fevereiro, os agricultores atrasarão a colheita de meio de safra e podem prejudicar a qualidade dos grãos já no próximo mês”, disseram os agricultores da região.
Nas regiões ocidentais de Soubre e nas áreas meridionais de Agboville e Divo, além da região oriental de Abengourou, a situação varia. Nessas localidades, apesar de pouca ou nenhuma chuva recente, o teor de umidade do solo ainda está ajudando no desenvolvimento das plantações.
A continuidade da seca, porém, aumenta a incerteza sobre o desempenho da safra intermediária. Agricultores estão atentos às condições climáticas e esperam que a chegada das chuvas possa aliviar o impacto no cultivo do cacau, que é vital para a economia local e para o mercado global.
Fonte: Datagro