Um corredor de umidade sobre grande parte da região centro-norte do Brasil colaborou para a ocorrência de pancadas de chuvas sobre o Mato Grosso, norte de Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e metade norte de Minas Gerais, bem como no Espírito Santo.
A chuva, principalmente nas regiões norte e noroeste do Mato Grosso possibilitarão que o plantio da soja avance, além de manter o solo com níveis razoáveis de umidade. Contudo, como serão chuvas irregulares, uma ou outra propriedade poderá não ser beneficiada com essas chuvas, alerta o agrometeorologista, Marco Antonio Santos.
A tendência é que durante a semana novas pancadas irregulares de chuva continuem a ocorrer sobre a faixa norte do Brasil. Porém, os modelos matemáticos de previsão continuam dando chuvas muito abaixo da média para o mês de outubro em grande parte da região Centro-oeste e Sudeste, bem como no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
No Sudeste, apesar da passagem de uma frente fria neste primeiro fim de semana de Primavera foi observado apenas pancada de chuvas isoladas, o que ocasionou apenas paralisações momentâneas na realização da colheita da cana de açúcar. Já o café e a laranja onde as plantas estão em fase de floração, a ausência de chuvas regulares vem preocupando os produtores. O motivo é que os solos não apresentam níveis de umidade suficientes para garantir um pleno pegamento da florada e, sobretudo, o desenvolvimento dos “chumbinhos”. De acordo com a Climatempo, uma nova frente fria deve avançar sobre a região no próximo final de semana (01/10 e 02/10), e com isso, novas pancadas de chuvas deverão ocorrer, porém, de forma irregular.
No Sul, bem como na região sul do Mato Grosso do Sul, a falta de chuvas regulares sobre a região vem preocupando os produtores, pois os plantios de arroz, milho, feijão e soja avançam a passos largos e os solos já não apresentam mais níveis elevados de umidade, para garantir condições confortáveis de desenvolvimento da planta.
A meteorologia prevê o retorno das chuvas no final de semana, por conta do avanço de uma nova frente fria. O volume de chuva não será muito alto, mas suficiente para permitir uma melhora nas condições hídricas do solo e consequentemente ao desenvolvimento das plantas e continuidade do plantio. Vale lembrar, que é importante o produtor ter cautela, já que uma ou outra localidade poderá não ser beneficiada pela chuva. O mesmo vale para as áreas produtoras de soja do Centro-oeste, onde as chuvas, devido ao resfriamento das águas do Oceano Pacífico, se manterão irregulares durante essas próximas quatro semanas, alerta Santos.
Com relação ao frio, a presença de uma massa de ar polar sobre o Sul do Brasil acarretou o declínio acentuado das temperaturas mínimas. Foi observado pontos de geada em alguns municípios da região, porém, não houve danos ou perdas significativas em lavouras de milho, trigo, feijão e arroz, que pudessem ser relatadas. Porém, algumas áreas de pastagens foram afetadas o que manterá as condições desfavoráveis à produção de leite. A tendência é o enfraquecimento da massa e a gradativa elevação da temperatura.