De acordo com a StoneX, as cotações da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) registraram uma leve alta na semana anterior, mantendo-se acima de USD 10,00 por bushel. Esse movimento positivo no mercado foi fortemente influenciado pelas exportações dos Estados Unidos para a safra 2024/25, que totalizaram 1,6 milhão de toneladas, um volume superior ao teto das estimativas, oferecendo suporte significativo para os preços da soja.
A robusta demanda por soja americana sinaliza um fortalecimento do mercado, especialmente com a aproximação da temporada de colheita, que traz suas próprias particularidades. No entanto, o avanço da colheita nos EUA também tem seu impacto. Segundo o último relatório do USDA, a colheita já atingiu 13%. Um número expressivamente superior à média de 8% registrada na mesma semana do ano anterior. Esse avanço pode exercer pressão sobre os preços, já que o aumento da oferta tende a reduzir as cotações, mesmo com a demanda permanecendo sólida.
Enquanto isso, no Brasil, o clima quente e seco que predomina nas principais regiões produtoras de soja está sendo monitorado de perto. Agentes do mercado acreditam que essas condições climáticas podem levar a um plantio mais tardio em algumas áreas, o que poderia impactar a produção futura. Dados recentes indicam que a semeadura já atingiu 1,5% da área total prevista, com o Paraná se destacando com 11% da área plantada, enquanto o Mato Grosso registra apenas 0,3%. Apesar das preocupações climáticas, o plantio segue em andamento, embora em um ritmo mais lento do que o esperado.
Fonte: Leonardo Gottems | Agrolink