A lista dos 10 principais importadores de carne de frango dos EUA no primeiro semestre de 2017 mostra que houve verdadeira “dança das cadeiras” no setor, com grandes importadores registrando perda de posição e com importadores menores ascendendo a novos postos.
Na verdade, apenas um país entre os 10 manteve o posto original: o vizinho México, principal importador dos EUA. Que, mesmo assim, reduziu suas compras em quase 10%. Já o Canadá, tradicional ocupante da segunda posição, teve suas importações reduzidas em 5,63% e, com isso, caiu para o quinto posto.
Aliás, quem agora está ao lado do México, ocupando a posição historicamente pertencente ao Canadá é outro país latino-americano – Cuba, cujas importações no trimestre aumentaram quase 50%, índice propiciado pela abertura de mercado patrocinada pelo ex-presidente Obama.
Mas surpresa, mesmo, é encontrar na terceira posição (há um ano, sétima) um país de língua portuguesa. No caso, Angola, cujas importações registram, por ora, incremento de 77%. O que, fique claro, ainda não corresponde ao recorde, pois o maior aumento foi registrado pela África do Sul, cujas compras mais do que triplicaram, apresentando aumento superior a 200%.
A explicação para esse excepcional incremento está na reabertura do mercado sul-africano à carne de frango dos EUA. Ela ocorreu no final do ano passado, após ameaças de retaliação pelo governo norte-americano e, como se vê, está sendo capitalizada ao máximo pela avicultura de Tio Sam.
A título de comparação, a tabela abaixo reproduz, nas colunas à direita, a representatividade desses importadores nas exportações brasileiras de carne de frango.
Como se constata, o Brasil atende 70% deles, mas apenas dois se encontram entre os 10 principais importadores do País: Hong Kong e África do Sul.
Quanto aos três países americanos mais próximos dos EUA, todos permanecem como promessa para as exportações brasileiras. O México se encontra na 20ª posição, Cuba na 21ª e o Canadá na 33ª.
Fonte: Agrolink