O Custo Operacional Efetivo (COE) da soja transgênica nas regiões do Cerrado e do Sul do Brasil, para a safra 2016/17, aumentou no primeiro semestre ante o mesmo período de 2015, segundo cálculos realizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Fungicidas e inseticidas foram muito representativos no custo. No entanto, em algumas regiões, os gastos com herbicidas superaram os com inseticidas, afirmou o Cepea em nota.
Em Sorriso (MT), houve aumento de 11,69 por cento no COE médio do primeiro semestre deste ano frente ao anterior, saindo de 2.301,40 reais/hectare em 2015 para 2.570,54 reais/ha em 2016. Especificamente, os componentes que mais influenciaram os custos operacionais nessa praça, tanto no primeiro semestre de 2016 quanto no de 2015, foram fertilizantes e inseticidas.
Até o final de junho/16, segundo dados do Cepea, 71,7 por cento dos insumos da safra 2016/17 haviam sido comprados, ritmo superior ao observado na temporada anterior, quando 69,2 por cento dos insumos haviam sido adquiridos nessa região mato-grossense.
Analisando-se a região Sul, Carazinho (RS) obteve aumento de 12,5 por cento no custo, indo de 2.048,66 reais/ha nos primeiros seis meses de 2015 para 2.305,36 reais/ha no mesmo período de 2016. Os principais participantes do custo da região foram fertilizantes e fungicidas, sendo este último devido à pressão de ferrugem.
O ritmo de aquisição de insumos na região atingiu níveis iguais nos dois períodos analisados, registrando 33 por cento.
No Paraná, a região de Cascavel apresentou o maior custo médio dentre as praças do Sul do país no primeiro semestre de ambos os anos, ficando em 2.187,85 reais/ha em 2015 e em 2.550,61 reais/ha em 2016.
As compras de insumos estão mais adiantadas neste ano, com 77,5 por cento de insumos comprados até o final de junho, contra 65 por cento no mesmo período de 2015, segundo o estudo.
Fonte: Reuters