O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (23), em entrevista à Fox News, que prefere não impor tarifas comerciais a produtos da China, apesar de considerá-las um “poder tremendo” em relação ao gigante asiático. A declaração ocorre em meio a preocupações crescentes sobre uma possível escalada na disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
“Temos um poder muito grande sobre a China, que são as tarifas, e eles não as querem”, disse Trump. “Eu preferiria não ter que usá-lo, mas é um poder tremendo sobre a China.”
Desde que assumiu o novo mandato, Trump tem usado tarifas como ferramenta política e econômica, ameaçando tanto adversários quanto aliados. Em um dos primeiros atos de governo, o presidente sinalizou a possibilidade de impor tarifas de 10% sobre produtos chineses a partir de 1º de fevereiro.
Enquanto isso, legisladores norte-americanos apresentaram um projeto de lei bipartidário que busca revogar o status comercial preferencial da China com os Estados Unidos. A proposta inclui a implementação de tarifas mínimas de 35% para bens não estratégicos. Para bens estratégicos, a tarifa pode chegar a 100%. Além disso, o projeto elimina a isenção “de minimis” para importações chinesas de baixo valor.
Se aprovado, o projeto prevê a aplicação gradual das tarifas ao longo de cinco anos, de 10% no primeiro ano; 25% no segundo ano; 50% no quarto ano; e 100% no quinto ano.
A legislação também eliminaria a necessidade de recertificação anual para designações tarifárias, tornando as medidas permanentes.
O caminho para a aprovação da lei ainda é incerto, mas os republicanos, que controlam tanto a Câmara quanto o Senado, podem impulsionar o projeto. Legisladores de ambos os partidos têm expressado a intenção de conter a influência econômica da China e proteger a indústria dos Estados Unidos.
Por: datagro
