Os preços da soja seguem em alta na Bolsa de Chicago, ampliando os ganhos ao longo do pregão desta sexta-feira (20). Por volta das 13h15 (horário de Brasília), as cotações registravam alta de 9,75 a 10 pontos nos principais vencimentos. O contrato de janeiro voltou a ser cotado a US$ 9,72, enquanto o de maio, referência importante para a formação de preços no Brasil, alcançou US$ 9,85.
Cotações da soja na bolsa de Chicago
Parte do suporte para os futuros do grão vem das altas expressivas entre os contratos de farelo de soja, que sobem quase 3% na CBOT. “O La Niña está se fortalecendo. A Argentina e o Sul do RS já estão sentindo os efeitos. Farelo subindo e prêmios na Argentina para embarque curto estão mais firmes”, informou a equipe da Agrinvest Commodities.
No entanto, especialistas alertam que os fundamentos do mercado permanecem baixistas, o que pode resultar em preços menores no futuro. Além disso, o ritmo mais lento dos mercados no final do ano tem reduzido a liquidez das negociações.
Farelo de soja e La Niña: Principais fatores de alta
A influência do fenômeno climático La Niña tem gerado preocupações sobre a oferta global de soja, especialmente na Argentina e no sul do Brasil. Com o farelo de soja em alta, o mercado observa um cenário de curto prazo mais positivo, ainda que os fundamentos globais indiquem desafios.
Impacto do dólar nas cotações
Outro fator relevante para a valorização da soja é, sem dúvida, o comportamento do dólar. Primeiramente, após ajustes na última quinta-feira (19), o dólar recuou mais de 2% frente ao real, encerrando o dia cotado a R$ 6,12. Além disso, nesta sexta-feira, por volta das 13h40, a moeda americana apresentava queda de 0,75%, sendo negociada a R$ 6,08.
“A atuação pesada do Banco Central no mercado de câmbio, a aprovação do pacote fiscal pelo legislativo do país e a melhora do humor externo justificam esse movimento de queda. Por exemplo, ontem, o Banco Central vendeu US$ 8 bilhões no mercado à vista, a maior intervenção diária desde 1999. Ademais, hoje, novas operações foram realizadas pela autoridade monetária”, complementa a Agrinvest.
Fuente: Carla Mendes | Noticias Agrícolas