Nesta terça-feira (19), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) registraram queda, devolvendo os ganhos da sessão anterior. Por volta das 6h20 (horário de Brasília), as cotações das posições mais negociadas apresentavam perdas de 4,75 a 6,25 pontos. O contrato de janeiro era negociado a US$ 10,03 por bushel, enquanto o de maio estava a US$ 10,38 por bushel.
Oferta e clima favorecem o mercado
A oferta global de soja se consolida com a finalização da colheita nos Estados Unidos e o avanço do plantio no Brasil. As lavouras brasileiras estão na reta final de semeadura, beneficiadas por condições climáticas favoráveis que sustentam boas perspectivas para a safra. Na Argentina, o início efetivo da safra 2024/25 está programado para as próximas semanas, também com projeções positivas.
Demanda da China e incertezas comerciais
Enquanto isso, a demanda pela soja segue consistente, com a China mantendo suas compras, embora de forma mais fragmentada. O gigante asiático aproveita as melhores oportunidades entre os mercados dos EUA e do Brasil. Contudo, o setor acompanha com atenção o início de 2025, especialmente as relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, com a possível volta de Donald Trump à presidência norte-americana.
Apesar das oscilações, o mercado busca manter o patamar psicológico de US$ 10,00 por bushel, considerado essencial para sustentar o momento de transição e incertezas.
Derivados de soja e mercado financeiro em foco
O mercado de derivados de soja também merece destaque. Os futuros de óleo de soja negociados na CBOT continuam em movimento de realização de lucros após recentes rallies, enquanto o farelo apresenta estabilidade, mas segue atento à oferta argentina.
Além disso, o comportamento do dólar permanece no radar dos traders, influenciando diretamente as cotações e a competitividade global do mercado de soja.
Fuente: Carla Mendes | Noticias Agrícolas