O Sistema CNA/Senar promoveu a live “Bioinsumos na manutenção da fertilidade do solo”, na quinta (28). O encontro foi moderado pelo engenheiro agrônomo e egresso do programa CNA Jovem, Murilo Nunes Valenciano, e contou com a participação da pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Christiane Abreu de Oliveira Paiva; da engenheira agrônoma e egressa do CNA Jovem, Maria Iderlane de Freitas; e do professor na Universidade Federal de Lavras (UFLA), Paulo Henrique Leme.
Murilo e Maria Iderlane são integantes da Equipe EducaAgro, vencedora do CNA Jovem 2020/21 com o desenvolvimento do Núcleo de Inteligência em Bioinsumos. Ele destacou a importância de debater o tema em um momento conturbado em que se torna fundamental buscar formas alternativas para conservar a fertilidade do solo e as altas produtividades da agricultura brasileira.
Christiane Abreu de Oliveira Paiva abordou o tema “Bacterias e fungos: ciclagem eficiente de nutrientes antes da era dos fertilizantes”. Ela falou sobre soluções biológicas para o aumento da eficiência de uso de nutrientes, inoculantes microbiológicos para mitigar estresse e ciclagem eficiente de fósforo no sistema de produção, além de apresentar o portifólio de bioinsumos da Embrapa.
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Maria Iderlane contou como surgiu a ideia de criar o Núcleo de Inteligência em Bioinsumos – ambiente de informações e de conexão com especialistas para viabilizar o uso seguro desse tipo de produto. A egressa do CNA Jovem fez uma apresentação para explicar as diferenças entre fertilizantes, bioinsumos, biofertilizantes, inoculantes, condicionadores de solo e remineralizadores de solo.
“Em 2021, 85% dos fertilizantes utilizados no Brasil foram importados. A implementação de estratégias que viabilizem a produção agrícola e minimizem a dependência de insumos externos, como o uso de insumos biológicos à base de resíduos orgânicos e/ou de microrganismos é fundamental”, afirmou.
O professor da UFLA, que foi mentor do grupo EducaAgro no CNA Jovem, ressaltou a importância da divulgação e extensão do conhecimento sobre bioinsumos. Segundo ele, o mercado de bioinsumos foi de R$ 1,7 bilhão no Brasil, em 2020/21, o que significa um aumento de 37% em relação ao ano anterior. O mercado mundial gira em torno de U$ 5 bilhões e deve crescer 107% até 2030.
“É um momento econômico propício para a expansão de bioinsumos. Os agricultores brasileiros têm aproveitado a oportunidade de trabalhar com os bioinsumos e entendido que esses produtos, além de serem uma alternativa ecológica e econômica, podem dar uma liberdade maior para que eles possam fazer o manejo de suas lavouras”, disse Paulo Henrique Leme.
Por: AGROENLACE