Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, aconselhou, portanto, as autoridades globais a evitar respostas precipitadas às políticas do novo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump. Além disso, em entrevista à Reuters durante a Cúpula de Energia da Missão 300 da África, em Dar Es Salaam, Tanzânia, Banga destacou a importância de uma abordagem estratégica para lidar com os anúncios iniciais da administração Trump.
“Meu único conselho a todos é que não tenham muita pressa em responder ou julgar”, disse Banga. Por isso, ele destacou a importância de aguardar a implementação efetiva das políticas antes de emitir posicionamentos ou adotar medidas.
Ademais, Trump marcou a sua primeira semana na presidência com anúncios controversos, como tarifas sobre Canadá, México e China, além de uma revisão da assistência externa existente. Apesar do impacto inicial, Banga acredita, entretanto, que argumentos sólidos podem persuadir o presidente dos EUA, que possui experiência prática e conhecimento em finanças. “Você tem que ir até ele e explicar o que você traz”, afirmou.
EUA e Colômbia evitam guerra comercial
No domingo, os Estados Unidos e a Colômbia evitaram uma guerra comercial iminente após negociações envolvendo aeronaves militares que transportam migrantes deportados. A Casa Branca havia considerado impor tarifas elevadas sobre importações colombianas e restringir viagens e vistos de funcionários do governo colombiano, mas essas medidas foram suspensas após um acordo entre as partes.
Segundo Banga, possíveis restrições de viagem impostas pelos EUA poderiam afetar as operações do Banco Mundial, que depende da mobilidade global para suas atividades. “Se os vistos deles não funcionarem, isso é um problema”, destacou.
Assistência externa sob análise
O presidente do Banco Mundial também comentou a ordem de “interrupção do trabalho” emitida pelo Departamento de Estado dos EUA, que coloca em pausa toda a assistência estrangeira existente e futura. Ele afirmou que o Banco Mundial ainda não foi diretamente afetado pela medida, já que opera de forma distinta da assistência bilateral.
Banga encerrou sua declaração reafirmando a necessidade de cooperação e diálogo. Ele destacou que essas ações são fundamentais para mitigar os impactos das políticas protecionistas do governo Trump. Além disso, enfatizou a importância de proteger as economias em desenvolvimento. Por fim, ressaltou a relevância de manter os canais globais de financiamento e assistência em pleno funcionamento.
Fonte: Duncan Miriri | Noticias Agrícolas