As exportações brasileiras de carne bovina encerraram o mês de junho com resultados positivos. No último mês, os embarques do produto totalizaram 134. 377 toneladas, um aumento de 107% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas receitas o resultado também foi favorável, chegando a US$ 514,6 milhões, destacam dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Exterior (MDIC), compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
A entidade ressalta que o alto volume deste ano pode ser explicado pela greve dos caminhoneiros, que reduziu drasticamente a comercialização de diversos produtos. Em julho do ano passado, as exportações de carne bovina somaram apenas 65.026 toneladas, com receita de US$ 266,7 milhões.
Com esses resultados, o primeiro semestre fechou com um crescimento de 27% em quantidade e de 17% em divisas, alcançando 828.669 toneladas e um faturamento de US$ 3,1 bilhões. No mesmo período, em 2018, foram movimentadas 655.039 toneladas que proporcionaram US$ 2,6 bilhões em receitas.
A China continua sendo o principal importador do produto através da cidade estado de Hong Kong e do continente, mas diminuiu sua participação relativa no total das exportações no semestre. No primeiro semestre do ano passado, a movimentação chinesa representou 45,3% das exportações e no mesmo período de 2019 ela alcançou 38,4%, mesmo crescendo de 296.483 toneladas para 317.828 toneladas.
Contribuíram para essa melhor distribuição da movimentação o aumento das importações de países como o Egito, o segundo maior cliente do Brasil (+12%); Emirados Árabes (+ 443%); Irã (+ 41,4%); Rússia (+865%); Turquia (+ 870%); Filipinas (+ 120%) e Uruguai (+62%), entre os 20 maiores compradores do produto brasileiro. Segundo a Abrafrigo, 105 países aumentaram suas importações, enquanto que outros 50 reduziram suas compras.