China faces rapeseed meal shortage

China enfrenta escassez de farelo de colza após tarifa sobre o Canadá
Image: Canva

A China provavelmente enfrentará uma escassez no fornecimento de farelo de colza no terceiro trimestre deste ano. Isso ocorre devido às tarifas impostas por Pequim sobre as remessas do maior exportador do produto, o Canadá, o que interrompe o comércio entre os países. Como as fontes alternativas dificilmente suprirão o déficit, espera-se um impacto significativo no setor de ração animal e na produção de óleos vegetais.

Os contratos futuros de farelo de colza negociados na Bolsa de Mercadorias de Zhengzhou já registraram alta superior a 8% desde que a China anunciou, no sábado, uma tarifa retaliatória de 100% sobre as importações de farelo e óleo de colza canadenses, com vigência a partir de 20 de março.

“A introdução desta política de aumento de impostos quebrou instantaneamente a balança comercial original”, destacou a consultoria Mysteel em um relatório. Esse movimento surpreendeu o mercado, que esperava sobretaxas sobre a oleaginosa, mas não sobre o farelo e o óleo de colza.

Impacto na indústria de ração animal e processamento de óleos

A decisão chinesa causou apreensão entre os processadores de ração animal. Eles contavam com um aumento das importações de farelo de colza canadense para substituir a oleaginosa. “Todos esperavam que as autoridades anunciassem impostos sobre a colza”, comentou um comerciante de Cingapura. “Mas fomos todos pegos de surpresa quando esse anúncio veio sobre óleo e farelo.”

A colza, uma cultura oleaginosa amplamente utilizada, é processada para a produção de óleo de cozinha e diversos produtos, incluindo combustíveis renováveis. O farelo de colza restante, rico em proteínas, tem grande importância na nutrição animal e na fertilização do solo.

Atualmente, a China importa mais de 70% de seu farelo de colza do Canadá, além de quase todas as suas sementes oleaginosas. A colza, também conhecida como canola, desempenha um papel essencial na cadeia produtiva chinesa, o que torna as novas tarifas um fator preocupante para a estabilidade do setor.

Alternativas e desafios no mercado internacional

A China conseguiu garantir um estoque robusto de colza, farelo e óleo. Isso ocorreu devido às grandes importações realizadas no último trimestre do ano passado. No entanto, comerciantes e analistas alertam que uma escassez é inevitável no terceiro trimestre de 2024.

A alfândega chinesa permite importações de farelo de colza de 11 países, incluindo Rússia, Cazaquistão, Paquistão, Japão, Etiópia, Austrália, Índia e Bielorrússia. No entanto, a oferta internacional é limitada, o que dificulta a substituição do volume antes fornecido pelo Canadá.

Em 2024, a China importou 2,02 milhões de toneladas métricas de farelo do Canadá, seguida por 504.000 toneladas dos Emirados Árabes Unidos e 135.000 toneladas da Rússia. Apesar de alternativas como Rússia, Ucrânia e Índia estarem sendo consideradas, esses países dificilmente conseguirão suprir toda a demanda chinesa.

“Nenhum país tem realmente a escala que o Canadá tem”, afirmou Ole Houe, diretor de consultoria da IKON Commodities em Sydney. A Austrália, segundo maior exportador mundial de colza, também enfrenta limitações na produção e na capacidade de moagem, restringindo seu potencial de suprir o déficit chinês.

Possíveis soluções e mudanças na estratégia chinesa

A Índia, um dos principais exportadores de farelo de colza, poderia ser uma alternativa viável. No entanto, em 2024, as altas nos preços limitaram suas remessas para a China a apenas 13.100 toneladas, número muito abaixo do necessário para suprir a demanda.

Diante desse cenário, o mercado pode depender mais do farelo de colza produzido internamente ou recorrer ao farelo de soja como substituto. Rosa Wang, analista da consultoria agrícola JCI, destaca que a maioria dos produtores de ração na China já utiliza a farinha de soja como principal fonte de proteína. No entanto, algumas indústrias específicas, como a aquicultura, preferem a farinha de colza devido às suas características nutricionais.

Para mitigar os riscos de desabastecimento, a China já anunciou em documentos de política agrícola que aumentará o plantio de colza este ano. Essa estratégia pode reduzir a dependência das importações a médio e longo prazo, mas no curto prazo, o impacto das tarifas impostas sobre o Canadá ainda representa um desafio significativo para a cadeia produtiva chinesa.

Fonte: Mei Mei Chu, Ella Cao, Naveen Thukral, Rajendra Jadhav e Muralikumar Anantharaman | Notícias Agrícolas

Facebook
twitter
LinkedIn

Aboissa supports

Stay up to date with news
and the best opportunities in
agribusiness – sign up now!

Asia

Saudi Arabia

Bangladesh

China

South Korea

United Arab Emirates

Philippines

Hong Kong

India

Indonesia

Iraq

Jordan

Lebanon

Malaysia

Oman

qatar

singapore

Türkiye

Vietnam

America

Argentina

Bolivia

Brazil

Canada

Chile

Colombia

Costa Rica

Cuba

Ecuador

U.S

Guatemala

british virgin islands

Mexico

Nicaragua

Panama

Paraguay

Peru

Dominican Republic

Suriname

Uruguay

Venezuela

Africa

South Africa

Angola

Algeria

Cameroon

Costa do Marfim

Egypt

Ghana

Mauricio Islands

Liberia

Morocco

Nigeria

Kenya

Senegal

Sierra Leone

Sudan

Togo

Tunisia

Europe

Albania

Germany

Belgium

Bulgaria

Cyprus

Spain

Estonia

Finland

France

England

Ireland

Italy

Lithuania

Poland

Portugal

Romania

Russia

Serbia

Sweden

Switzerland

Türkiye

Ukraine

Oceania

Australia

New Zealand

Request a quote!

Fill out the form and get support for your business needs.
Our experts are ready to offer customized solutions.

*We are currently not working with intermediaries.

By providing my data, I agree with the Privacy Policy.