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Porto Alegre, 25 de abril de 2022 – A atual conjuntura global levou a uma elevação expressiva dos preços de matérias-primas essenciais para a produção do algodão brasileiro para a nova safra. O reflexo é sentido pelos produtores no aumento significativo dos custos de produção, que exige mais capital para financiamento da safra e amplia o risco da atividade.
Os fertilizantes foram os insumos com maior alta acumulada nos últimos 12 meses, superando 100% de aumento com a elevação dos preços internacionais e da taxa de câmbio para importação. O cloreto de potássio (KCL), por exemplo, que era comprado pelos produtores, no começo de 2021, por cerca de R$ 1.800/ton, superou R$ 5.000/ton no início de 2022, alta de 182% em 12 meses; a ureia, importante fonte de nitrogênio, acumulou alta de 144%; e o fosfato monoamônico (MAP) 110%.
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De acordo com o levantamento de custo de produção, os fertilizantes representam, em média, 17% do custo operacional efetivo do produto de algodão.
Os defensivos agrícolas também registraram uma alta significativa. A interrupção do funcionamento de indústrias chinesas e os problemas logísticos têm levado à diminuição da oferta disponível e elevado os preços para os produtores. Em média, segundo levantamento da Abrapa, os defensivos usados no algodão subiram 18%.
Os herbicidas tiveram uma alta maior, com destaque para o glifosato, que superou 100% de aumento nos preços, nos últimos 12 meses. As operações mecânicas estão mais caras com o aumento dos combustíveis.
De acordo com o levantamento de preços da ANP, o óleo diesel é vendido, em média, a R$ 6,43 por litro na Bahia e a R$ 6,03 por litro no estado do Mato Grosso, uma alta acumulada de 51% e 35% respectivamente. Nesse contexto, o custo médio de produção do algodão brasileiro é estimado em R$ 18.323 por hectare para a safra 21/22. Alta de 24% em relação à safra atual. As informações são da Abrapa.
Por: Rodrigo Ramos l Safras & Mercado