Um relatório conjunto de 36 agências internacionais indica que o comércio global sofreu uma queda de 3% por causa do novo coronavírus. Em comunicado, divulgado nesta quarta-feira (13), a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, afirma que a tendência de declínio, registrada de janeiro a março, deverá se acentuar, nos próximos meses, chegando a uma redução de até 27% de trimestre para trimestre.
O relatório da Comissão para Coordenação de Atividades Estatísticas é resultado da colaboração de organizações e sistemas internacionais e nacionais de estatísticas, coordenados pela Unctad. O chefe da Unctad, Mukhisa Kituyi, disse que os governos estão pressionados para tomar decisões para a recuperação da pandemia.
Mas segundo ele, essas decisões têm de se basear em dados. Ele lembrou que a agência tem desempenhando um papel central na compilação de estatísticas e informações relevantes à resposta ao COVID-19.
A queda no preço do barril de petróleo levou a uma redução de mais de 20% do preço das commodities, em março. Mas segundo a Unctad, a tendência de declínio está ocorrendo desde dezembro. O Índice de Preço da Unctad para Commodities de Livre Mercado, Fmcpi, mede o movimento das commodities básicas exportadas pelos países em desenvolvimento.
O preço dos combustíveis, que desceu 33,2% em março, puxou a queda. Minerais, metais e materiais de agricultura e alimentos tiveram redução de menos de 4%.
Esta é a maior queda no valor das commodities desde a crise financeira global de 2008. Naquela época, a tendência de declínio durou seis meses. Analistas da Unctad dizem que desta vez, a situação do comércio global permanece incerta.
Antes da COVID-19, o volume do mercado internacional demonstrava sinais modestos de recuperação desde o fim de 2019. A agência da ONU disse que a situação está mudando rapidamente e que continuará monitorando a evolução do comércio global.
Fonte: DATAGRO
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