O governo colombiano implementou uma nova lei para tributar alimentos ultraprocessados, numa tentativa de combater doenças relacionadas ao estilo de vida, conforme reportado pelo The Guardian.
Em consonância com seus vizinhos sul-americanos, Equador e Peru, a Colômbia passou a exigir advertências sanitárias obrigatórias em alimentos com alto teor de ingredientes prejudiciais à saúde, como açúcar ou gordura saturada, de acordo com a reportagem de 10 de novembro.
Ativistas e especialistas em saúde receberam positivamente a medida, que, segundo a reportagem do dia 10 de novembro, poderia servir como exemplo para outros países.
No entanto, críticos do novo imposto argumentaram que ele agravaria a luta da Colômbia contra a inflação.
Colômbia promulga ‘Lei da Junk Food’ com imposto gradual para alimentos ultraprocessados
Após anos de campanha, a “lei da junk food” foi promulgada em novembro, com o imposto sendo gradualmente introduzido, conforme relatado.
A tributação dos alimentos afetados começaria em 10% imediatamente, aumentando para 15% no próximo ano e alcançando 20% em 2025.
“Países ao redor do mundo implementaram impostos sobre a saúde, como taxas sobre tabaco ou bebidas açucaradas, mas poucos estenderam essas medidas aos alimentos processados”, afirmou Franco Sassi, professor de política internacional de saúde e economia da Imperial College Business School de Londres.
“O modelo colombiano é mais abrangente do que vimos antes e pode ser um exemplo para outros países.”
O imposto visa produtos ultraprocessados, definidos como alimentos prontos para consumo fabricados industrialmente, assim como aqueles com alto teor de sal e gordura saturada, como chocolates ou batatas fritas, informou o The Guardian.
Colômbia adota advertência de saúde para combater doenças cardiovasculares e obesidade
Sassi afirmou que os mesmos produtos que recebem o rótulo de advertência de saúde são sujeitos à aplicação do imposto. “Isso proporciona informação e incentivo financeiro para que o consumidor evite esses produtos.”
O setor de alimentos estabeleceu alguns acordos, como a exclusão de certos alimentos tradicionais colombianos, como a salsicha salchichón, do imposto, afirmou Sassi. O relatório indicou o registro de 760 cm em 20 de novembro.
A dieta colombiana, rica em sódio, está associada ao aumento de doenças cardiovasculares, como derrames e insuficiência cardíaca. Essas enfermidades são responsáveis por quase um quarto das mortes anuais, conforme relatório.
O colombiano médio consome 12g/dia de sal, a taxa mais alta da América Latina e uma das mais elevadas do mundo. Quase um terço dos adultos no país apresenta pressão alta, como relatado pelo The Guardian.
Além disso, outras doenças não transmissíveis relacionadas à dieta e à obesidade, como o diabetes, também são problemáticas. Mais de um terço das mortes na Colômbia devido ao diabetes ocorre em pessoas com menos de 70 anos. As doenças não transmissíveis respondem por cerca de 76% de todas as mortes, conforme indicado no relatório.
Fonte: Oils & Fats International