A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou uma transmissão ao vivo pelas redes sociais para debater informações e políticas públicas para o setor de grãos na terça (26).
O encontro contou com a participação do presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, e do diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sérgio De Zen.
Eles discutiram a possibilidade de uma parceria entre entidades, como CNA, Embrapa, universidades e Federações de Agricultura e Pecuária, e a Conab, para aprimorar o levantamento de informações sobre produção, área e produtividade de grãos no Brasil.
“Está na hora do Brasil, que já ocupa a liderança mundial na produção e na exportação das principais commodities, ter números cada vez mais fortes”, disse Ricardo.
O modelo brasileiro pode usar como base o sistema utilizado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), que conta com diversas parcerias e utiliza a estrutura existente para alimentar a base de dados.
“Temos que mostrar os dados brasileiros para o mundo porque isso significa segurança alimentar. Prova que somos capazes de produzir muito porque temos produtividade e, produzindo muito, usamos bem os fatores de produção e geramos recursos que sustentam a nossa biodiversidade”, afirmou Sérgio De Zen.
Temas – A política de preços mínimos e a expectativa em relação ao Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2020/2021 também foram analisadas na conversa.
Segundo o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, o recálculo do preço mínimo atualmente é feito com base no custo de produção e no orçamento previsto pelo Ministério da Economia para garantir o valor.
Na opinião dele, é preciso pensar nos próximos 10 anos e utilizar uma ferramenta em que haja menos transação de produto e mais agilidade financeira, ou seja, um instrumento de mercado em que o Governo possa atuar fomentando títulos para equalizar o preço. Outro ponto importante é avaliar as séries históricas de preços para analisar quantas vezes aquele nível de preço mínimo precisou de intervenção.
Em relação ao PAP, Sérgio De Zen garante que o Governo está trabalhando para reduzir juros e aumentar os recursos. Conforme ele, os juros poderão cair ainda mais no futuro se o Brasil investir em segurança jurídica, previsibilidade e disponibilidade de informações.
“Por isso que é importante ter estatísticas. A previsibilidade reduz o risco e com isso aumenta a disponibilidade de recursos, o que permite juros mais baixos lá na frente. Isso também traz tranquilidade ao investidor”, declarou.
Fonte: Agrolink
LEIA TAMBÉM:
{module 441}
{module 442}