A Reuters Internacional informou, nesta terça-feira (22), que a China liberou uma nova cota de 10 milhões de toneladas de soja importada dos Estados Unidos isenta da tarifação de 25%. Segundo a agência, a cota se dá para empresas privadas e estatais de processamento da oleaginosa e tradings com plantas na China.
O volume foi definido em uma reunião com representantes de Pequim, ainda de acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, e reunião que acontece semanas depois de o presidente americano Donald Trump anunciar que a nação asiática deve ampliar suas compras de produtos agrícolas norte-americanos para algo entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões.
O governo chinês, porém, ainda não emitiu um comunicado oficial sobre a nova cota.
Informações apuradas pela consultoria internacional ARC Mercosul, dão conta de que uma teleconferência entre representantes do alto escalão da China e dos Estados Unidos teria sido marcada para esta sexta-feira, 25 de outubro.
A notícia desta nova cota chega em um momento onde o mercado ainda aguarda por mais informações sobre o acordo parcial que foi firmado entre as duas partes, há cerca de 10 dias, em Washington, mas sobre o qual o mercado ainda não conhece mais detalhes e definições, nem quando começa a vigorar.
“O fato de que foi liberada só uma cota, que dá menos de dois meses de necessidade de importação pela China, mostra que ainda nada está resolvido e estão solucionando uma situação para o curto prazo”, acredita Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar. “Ou seja, não dá para declarar fim da guerra comercial ainda. Tudo está ainda em aberto, inclusive para voltarmos a ter uma deterioração nas negociações”, completa.
Nesta segunda-feira (21), Trump disse “eles começaram a comprar. Eu quero mais”, em uma reunião realizada na Casa Branca, referindo-se às compras de produtos agrícolas norte-americanos por parte da China. A informação parte da agência internacional de notícias Bloomberg.
SOJA DO BRASIL
Além do desconhecimento do mercado sobre os detalhes da chamada ‘fase um’ do acordo parcial entre China e EUA, o mercado ainda se atenta às compras que a nação asiática segue fazendo no Brasil. Sua maior concentração de compras se mantém no mercado brasileiro, inclusive com foco na oferta da safra 2019/20.
“Os compradores chineses tem adquirido muita soja brasileira. O governo estava mandando uma mensagem para que os importadores fiquem atentos ao cenário geral”, disse uma das fontes ouvidas pela Reuters Internacional.
Fonte: Noticias Agrícolas