Imagem: Adobe Stock
Na manhã desta quinta-feira (27), as autoridades chinesas informaram que liberaram a importação de carne bovina produzida no Brasil antes do dia 21 de fevereiro deste ano. O embarque dessas cargas estavam suspensas após a confirmação do caso atípico de Espongiforme de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no estado do Pará.
A autorização para o embarque vale para a carne produzida antes da confirmação do caso atípico de EEB e embarcadas após o dia 23 de março, data em que o governo chinês anunciou a retirada do embargo para as exportações, conforme reportou o Valor Econômico.
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Ainda segundo as informações divulgadas no Valor Econômico, a Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) destacou em comunicado que não podem ser exportados os produtos produzidos nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro de 2023, bem como aqueles embarcados após o dia 23 de fevereiro.
De acordo com o analista de mercado da Levante Inside Corp, Geraldo Isoldi, o mercado estava acompanhando essas informações desde a última terça-feira. “Tinha informações de que o porto estava com 200 mil toneladas de carne, enquanto outros apontam 90 mil toneladas, o que parece ser mais factível”, informou.
Por outro lado, os embarques de carne bovina ainda seguem com desempenho fraco. “Apesar do fim do embargo chinês, as exportações deste mês, na média diária, estão 33% abaixo da média diária de abril do ano passado. Com essa liberação, a expectativa é que as exportações de carne voltem a níveis melhores, já que nosso principal cliente segue sendo a China”, destacou Isoldi ao Notícias Agrícolas.
“A informação também vai ajudar o mercado interno que está muito fraco desde a pandemia e nesse ano teremos uma oferta bem maior por conta do ciclo pecuário e também por conta de custos de produção menores. Nós precisamos da exportação para que os preços não continuem caindo do jeito que estão, mas esse “alívio” nos preços não devem acontecer de imediato, já que valores da arroba devem seguir fracos até o momento”, disse Isoldi.
O Notícias Agrícolas entrou em contato com o Ministério da Agricultura e Pecuária para confirmar as informações, mas até o fechamento desta matéria não teve um retorno.
Fonte: Andressa Simão | Notícias Agrícolas