A despeito de, nos últimos quatro meses (julho-outubro), ter recuado quase 6,5% em relação ao quadrimestre anterior (março-junho), a receita cambial até agora obtida mantém a carne de frango in natura como o quinto principal produto da pauta exportadora e como o segundo da pauta de básicos agropecuários (atrás, apenas, dos produtos do complexo soja). Ou seja: os desafios no comércio externo estão generalizados.
Assim, por exemplo, o recuo de 3,74% na receita não coloca a carne de frango em situação pior que a de outros produtos, pois o índice de queda está abaixo da média geral (redução de 4,64%). E, sob esse aspecto, entre os 10 principais produtos exportados, apenas dois (açúcar e automóveis) registram expansão de receita. Aliás, entre os básicos, a menor perda é da carne de frango.
Dessa forma, mesmo vindo com receita cambial negativa, a carne de frango ampliou sua participação na pauta exportadora. Os 3,26% alcançados nos 10 primeiros meses de 2016 representam aumento de quase 1% sobre a participação registrada no mesmo período de 2015.