Uma equipe de acadêmicos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade de Brasília (UnB) desenvolve microalgas geneticamente modificadas (GM) com ação inseticida. O organismo transgênico combate a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que é o vetor de doenças como dengue, zika vírus, febre chikungunya e febre amarela.
De acordo com Larissa Queiroz, da Biotecnologia da UFC, o objetivo é fazer com que a microalga (espécie Chlamydomonas reinhardtii) “excrete uma proteína tóxica para as larvas do mosquito, que acabariam morrendo. E não haveria nenhum risco para o homem ou animais caso consumissem essa água”.
Original de água doce, a Chlamydomonas reinhardtii foi escolhida porque já têm o genoma sequenciado e possui alta resistência, sobrevivendo até em ambiente salino. A equipe espera concluir a fase de transformação genética das microalgas com os genes de interesse até o próximo mês de outubro.
A UFC já fechou parceria com a Universidade do Minho, em Portugal, para ampliar o estudo das microalgas. O processo que se pretende com a Chlamydomonas reinhardtii já foi testado anteriormente em bactérias, leveduras e células de plantas.
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