
A Aboissa marcou presença no SAF Congress Latam 2025, realizado de 31 de março a 2 de abril no JW Marriott Hotel, em São Paulo. O evento reuniu mais de 250 profissionais dos setores de aviação, energia e biocombustíveis para discutir o futuro dos Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAF) na América Latina.
Panorama brasileiro e avanços tecnológicos
Durante o congresso, os participantes destacaram o Brasil como uma potência emergente na produção de SAF, com potencial para se tornar um dos três maiores produtores mundiais. Eles atribuíram essa posição à ampla variedade de matérias-primas disponíveis e ao histórico de sucesso em setores como o do etanol. No entanto, os especialistas também identificaram desafios significativos, como a ausência de incentivos fiscais e a necessidade de investimentos em larga escala. De acordo com os estudos apresentados, o Capex no Brasil pode ser até 50% mais alto do que em outros países, devido à infraestrutura precária, aos elevados custos logísticos e à complexidade do sistema tributário.
Os especialistas destacaram a tecnologia HEFA (Hydroprocessed Esters and Fatty Acids) como o caminho mais promissor. No entanto, também enfatizaram a necessidade de explorar novas tecnologias, considerando a possível limitação na disponibilidade de HEFA no futuro.
Sustentabilidade, certificações e desafios de mercado
A sustentabilidade na produção de SAF foi um tema central. Nesse sentido, destacou-se a importância da disponibilidade de matéria-prima em regiões que permitam o fornecimento com mínima emissão de carbono. Além disso, aspectos como direitos ambientais e trabalhistas, rastreabilidade na cadeia de fornecimento e conservação da biodiversidade foram considerados essenciais para garantir a certificação do SAF.
O custo do SAF é atualmente de 2 a 7 vezes superior ao do querosene convencional, o que impede a produção em larga escala. Além disso, a disponibilidade limitada de matéria-prima e o alto custo das tecnologias de produção são desafios significativos. A falta de investimentos e a incerteza econômica na produção do SAF também foram apontadas como barreiras para o desenvolvimento do setor.
Políticas públicas e incentivos
Representantes do governo brasileiro discutiram a necessidade de políticas públicas e tributárias. O objetivo é viabilizar a produção de SAF e HVO. Entre as medidas sugeridas, estão a criação de leis específicas e a implementação de incentivos fiscais. Diversos ministérios e entidades, como ANAC, ANP e MDICS, destacaram a colaboração entre si como fundamental para o avanço do setor.
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