As escalas de abate de vários frigoríficos em São Paulo entraram a semana alinhadas para a próxima segunda (29), o que pode gerar alguma competição no curto prazo pelo boi. Essa é visão da Radar Investimentos, que, no entanto, não viu mudanças relevantes neste 22 de abril.
No geral, o quadro segue a semana anterior. Indústrias conseguiram andar com as programações, algumas com bois de outros estados, e produtores também conseguem conter mais o ímpeto de vendas, segundo Douglas Coelho, sócio da Radar.
A queda de braço no balcão deixou a cotação paulista na faixa dos R$ 157 (vista) a R$ 159,00 conjugando dados da Radar, da Scot e da FC Stone.
Fica a expectativa, agora, especialmente a partir desta terça em diante, com os negócios mais volumosos, como será o comportamento dos abatedouros. Se conseguirem andar com as escalas, já visando a primeira semana de maio, a arroba pode esfriar de vez.
Mas eles também estão pressionados pela indefinição do consumo no mercado interno, que não tem correspondido. E podem também tirar o pé das compras, forçando mais a baixa.
De acordo com Caio Toledo Godoy, da FC Stone, os produtores também vão entrar em um momento de maior pressão. As chuvas devem ser interrompidas do meio de maio em diante, as temperaturas devem cair, segundo as previsões, e a decisão da reposição passará da hora.
O momento de começar a cadenciar a desova ficará mais expressivo.
Exportações
As vendas externas nos 14 primeiros dias do mês chegaram a 70,97 mil toneladas e faturamento de US$ 265,31 milhões, com média diária de 5,07 mil toneladas, menos 18,74% em relação à média do mês anterior.
Porém, houve avanço de 51,87% frente ao desempenho do mesmo período de 2018. Mantido o ritmo, as exportações de carne in natura deve superar as 96,3 mil toneladas, mais de 37% sobre abril de 2018.
Fonte: Notícias Agrícolas | Autor: Giovanni Lorenzon