A indústria brasileira de soja está em alta, impulsionada pelo crescimento do biodiesel e projeções otimistas para 2024, de acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE). Os dados de janeiro a outubro indicam que a produção de soja em grão atingirá 158,1 milhões de toneladas, com um processamento de 53,6 milhões de toneladas, marcando os maiores volumes já registrados na série histórica.
Segundo dados da ABIOVE, os coprodutos da soja também alcançarão novos recordes, com uma estimativa de produção de 41 milhões de toneladas de farelo e 10,8 milhões de toneladas de óleo. As projeções de exportação para 2023 são igualmente robustas, com receita estimada em US$ 67,1 bilhões. As projeções para 2024 foram ajustadas, principalmente devido aos impactos climáticos nas lavouras, mas a expectativa é de um ciclo significativo. A produção de soja pode atingir 161,9 milhões de toneladas, com a estimativa de processamento aumentando para 54,5 milhões de toneladas.
Um destaque para 2024 é o aumento do processamento impulsionado pelo crescimento do uso de biodiesel. Seguindo o cronograma do CNPE, a mistura de biodiesel no diesel comercial aumentará de 12% (B12) para 13% (B13). Essa alteração entrará em vigor em março. Isso contribuirá para uma produção estimada de 41,7 milhões de toneladas de farelo e 11 milhões de toneladas de óleo de soja.
As exportações foram reavaliadas, refletindo um cenário de consumo doméstico mais elevado para o óleo de soja. Em 2024, as exportações do complexo soja devem atingir US$ 64 bilhões em divisas. Do total, US$ 52,6 bilhões virão da soja em grão, US$ 9,7 bilhões do farelo e US$ 1,7 bilhões do óleo.
Fonte: Aline Merladete | Agrolink