O DDG (Dried Distillers Grains) é um resíduo da produção de etanol a partir do milho. Atualmente, é muito requisitado por ser um forte substituto para o farelo de soja.
O subproduto já era usado nos Estados Unidos, Argentina, Paraguai e outros países, mas só começou a ser produzido no Brasil por volta de 2010, no Mato Grosso.
A partir de 2013, passou a ser implementado na dieta de bovinos e apresentou vários benefícios, como:
1- Custo benefício
Apesar de não possuir o mesmo valor protéico do farelo de soja, o DDG possui alto teor de proteínas e energia e compensa com seu preço baixo, sendo mais econômico e rentável em áreas onde o milho está mais em conta.
2- Fácil digestão
O DDG pode ser usado na dieta de monogástricos e ruminantes, o que facilita sua digestão, considerando a pequena capacidade de armazenamento desses animais.
3- Acessível nas regiões produtoras de grãos
Quanto mais perto o produtor estiver da usina de etanol de milho, melhor. Isso porque o índice de viabilidade econômica aumenta, pois o frete não será caro, considerando a densidade do produto.
4- Adaptável às necessidades de diferentes rebanhos
Ainda que seja mais destinado para a dieta do gado de corte, o DDG também pode ser utilizado para a criação de porcos, aves e peixes.
- Suínos: pode ser empregado tanto para suínos de engorda como para marrãs (porcas recém-desmamadas) até 20% da dieta total;
- Boi: para engorda, recomenda-se oferecer até 35% da ração ofertada;
- Vacas leiteiras: para animais em lactação, é recomendado o uso até 25% da alimentação;
- Frangos: o produto pode ser utilizado em até 8% da dieta;
- Perus: é possível usar o DDG em até 15% da alimentação;
- Galinhas para produção de ovos: a recomendação é utilizar até 25% da dieta;
- Peixes: para animais em cativeiro, o DDG demonstrou resultados na engorda com uso de até 15% da ração.
É notável que o DDG está cada vez mais inserido no mercado e ganhando força na nutrição animal de diferentes espécies, como uma alternativa economicamente viável. De acordo com relatório do Rabobank, a demanda por DDGS em MT deve chegar a 1,1 milhão de toneladas em 2023.