Imagem: Pixabay
A valorização dos preços dos grãos – sobretudo do farelo de soja e do milho, que são dois dos principais insumos para as agroindústrias de carnes – vem aumentando os custos de produção para fabricação de proteína animal, em uma espiral de alta que deverá continuar sendo repassada ao consumidor, alertaram, na última quinta-feira (5), lideranças e especialistas do setor, durante painel da segunda edição do evento on-line “Abertura de Safra Grãos: Soja, Milho e Algodão”, organizado pela DATAGRO, e que se estende até sexta-feira (6).
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Em painel moderado pelo diretor de Relações Institucionais do Minerva Foods, João Sampaio, o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, disse que a demanda pela carne suína vem aumentando, mas que, de fato, o incremento dos custos de produção vem castigando o segmento, especialmente o produtor. “O preço pago ao produtor pelo suíno aumentou 37% no 1º semestre, mas a ração subiu 72%.”
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, endossou a preocupação com o avanço dos custos de produção para fabricação de suínos e frangos de corte. O dirigente ponderou que o segmento das carnes precisa de maior previsibilidade do fluxo de oferta dos grãos, o que terá impacto para o equilíbrio nos preços destes insumos e consequentemente do produto final, com reflexo positivo na ponta da cadeia, o consumidor.
De acordo com o dirigente, a demanda por proteína animal existe, tanto em nível nacional quanto internacional, com os desafios confluindo mesmo para a questão dos custos e disponibilidade dos grãos, bem como de eventuais riscos sanitários, com a chegada da Peste Suína Africana ao continente americano. Recentemente, foi constatado um foco da doença na República Dominicana.
Fonte: DATAGRO