Segundo o meteorologista Gabriel Rodrigues, do Portal Agrolink, o início desta semana será marcado pela permanência de uma massa de ar quente e seco sobre o interior do continente sul-americano. Esse sistema está gerando uma preocupação crescente nas áreas centrais do Brasil, devido aos baixos índices de umidade relativa do ar, que atingem níveis críticos, e ao alto risco de incêndios florestais.
Enquanto isso, a previsão é de temperaturas elevadas no Sul, embora as manhãs mais amenas em áreas do Leste das regiões Sudeste e Nordeste. Especialmente nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.
O volume de chuvas deve aumentar no fim do mês, trazendo possível alívio para várias regiões agrícolas.
Massa de ar quente e risco de incêndios
No centro do Brasil, as temperaturas devem variar entre 38°C e 41°C, com índices de umidade do ar abaixo de 10%. Essa condição aumenta significativamente o risco de focos de incêndio e queimadas, principalmente em áreas com vegetação seca. “O ambiente está propício para a rápida propagação de incêndios, o que exige atenção das autoridades e da população”, alerta Gabriel Rodrigues.
Frente fria no extremo Sul
Apesar do cenário predominantemente seco no país, uma frente fria deve avançar pelo extremo sul da Região Sul, provocando chuvas isoladas no extremo Sudeste do Rio Grande do Sul. No entanto, os acumulados de chuva não devem ultrapassar os 10 mm, e a previsão indica que essa frente fria perderá força ainda nesta segunda-feira, sem avançar em direção ao Norte.
Chuvas no litoral do Nordeste
Outra área que pode registrar precipitações é o Leste da Região Nordeste, com destaque para o litoral da Bahia e o chamado SEALBA. As chuvas devem ocorrer principalmente durante a madrugada, impulsionadas pelos ventos úmidos vindos do oceano, mas os volumes previstos também são baixos, inferiores a 10 mm.
Temperaturas no final do mês
O meteorologista destaca que, para a última semana de setembro, a previsão é de aumento nas chuvas, especialmente em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Se confirmada, essa mudança trará condições favoráveis para a semeadura da soja, permitindo um plantio dentro da janela ideal para o desenvolvimento da cultura. “Será crucial para os produtores monitorarem as previsões de curto prazo para otimizar o uso da umidade no solo”, aconselha Gabriel Rodrigues.
A Importância do plantio direto
A técnica de plantio direto continua sendo recomendada, especialmente para proteger o solo das temperaturas extremas e garantir uma germinação uniforme das sementes. A cobertura do solo auxilia na manutenção da umidade, mesmo que períodos secos ocorram após as chuvas esperadas para as próximas semanas.
Fonte: Aline Merladete | Agrolink