Alemanha pede negociação UE-EUA para evitar guerra

Alemanha pede negociação UE-EUA para evitar guerra
Imagem: Canva

A União Europeia deve se concentrar em negociações com os Estados Unidos para evitar uma guerra comercial e, ao mesmo tempo, estar preparada com contramedidas, disse o Ministério da Economia da Alemanha nesta quarta-feira, antes de uma videoconferência entre ministros do bloco.

Os ministros responsáveis pelo comércio dos 27 membros da UE se reunirão online a partir das 12h (horário de Brasília). O objetivo do encontro é discutir a resposta do bloco à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele impôs tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. A medida entrará em vigor a partir de 12 de março.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou essas tarifas como injustificadas e disse que “desencadearão contramedidas firmes e proporcionais”.

Um diplomata da UE disse que é hora de ter “cabeça fria”, pois ainda falta um mês para que as tarifas entrem em vigor.

UE entre diálogo e retaliação comercial

O ministro da Economia, Robert Habeck, representará a Alemanha na videoconferência e, nesse contexto, deve enfatizar a necessidade de evitar uma disputa comercial. Além disso, ele destacará a importância de a UE exibir uma frente unida.

Por esse motivo, Habeck reforçou a relevância do diálogo entre os blocos. Nesse sentido, o ministério declarou: “Continua sendo importante que a Comissão Europeia mantenha discussões com o governo dos EUA para chegar a uma solução em relação às tarifas.”

Ao mesmo tempo, as autoridades europeias entendem que é fundamental demonstrar firmeza. “É preciso deixar claro – e a Comissão já anunciou isso – que preparou contramedidas”, acrescentou o ministério.

No entanto, a Comissão não forneceu detalhes sobre essas medidas. Entre as possibilidades, uma opção seria reativar as tarifas que a UE impôs em 2018 sobre produtos como motocicletas e suco de laranja. Essas tarifas foram suspensas sob uma trégua acordada entre von der Leyen e o ex-presidente dos EUA, Joe Biden.

Fonte: Philip Blenkinsop e Julia Payne | Notícias Agrícolas

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