O presidente da Albaugh Brasil, Renato Seraphim, tem uma meta ousada para a divisão: atingir nada menos que 25% do faturamento mundial do Grupo até 2020. A Albaugh está no Brasil desde 2005 com a marca Atanor, e após adquirir a Consagro (em 2015), no mês de agosto do ano passado anunciou a alteração do nome para alinhamento com a sede mundial.
“O Mercado Brasileiro de proteção de cultivos é o maior do mundo, e a Albaugh Brasil representa hoje 12% do faturamento do grupo, e em 2015 representou apenas 7%. Por ser o maior mercado do mundo, estamos confiantes que em 4 anos estaremos representando ¼ das vendas do grupo”, afirmou o executivo em entrevista ao Portal Global Agrochemicals na qual revela os desafios da Albaugh no Brasil.
Seraphim afirma que a fusão Atanor e Consagro foi um dos maiores casos de merger no mercado agro, pois houve crescimento de 53% em um mercado que declinou 1%: “saímos de 0,9% de share para 1,5%. Além de reforçar o time com vários profissionais experientes e cobiçados pelo mercado que acreditaram que podíamos construir uma empresa com foco no agricultor”.
A Albaugh Brasil produz cerca de 30 produtos entre Herbicidas, Fungicidas e Inseticidas, com investimentos anunciados de R$ 300 milhões em 2016 para a produção de cobre, glifosato e 2,4-D. “O nosso objetivo no Brasil é voltar a produzir esses diferentes tipos de formulação. Para 2018 o nosso foco é ter formulações WP e CS”, adianta ele.
“Teremos, para os próximos 5 anos, mais de 20 lançamentos, com produtos trazidos da China e formulados por parceiros locais e também produzido dentro de Resende/RJ [fábrica própria]. Queremos ser uma empresa com foco em produtos pós patentes e ser o mais eficiente possível dentro de nossas operações para entregar ao agricultor produtos que possam ajudar ele a aumentar a sua rentabilidade”, justifica Seraphim.
O presidente da Albaugh Brasil revela preocupação com os patamares de preços praticados neste ano, mas acredita que o mercado de agroquímicos vai crescer novamente em 2017: “Nossas estimativas é que ele retorne para os patamares de US$ 10 bilhões, devido à redução dos estoques de algumas empresas e também devido à recuperação de preços de algumas commodities como açúcar e algodão”.
“Temos o maior mercado de defensivos do mundo, grandes fábricas no Brasil e, se tivéssemos menos burocracia, mais rapidez nas aprovações de produtos e maior competitividade para produzir, poderíamos gerar mais empregos e trazer mais riquezas para o Brasil. O setor Agro é muito competitivo e como produtores e formuladores de agroquímicos poderíamos ajudar e muito o Brasil a também ser competitivo nessa área. […] Não andamos rápido como os nossos maiores competidores mundiais, que são os USA. Se aprendermos a ver o que eles estão fazendo, sermos mais humildes para aprender o que está dando certo em outros lugares do mundo, poderíamos ser muito mais fortes do que somos hoje”, conclui.
Fonte: Agrolink