Imagem: Pixabay
Estudo da plataforma mostra avanço do transporte de carga na comparação com 2021 em todas as regiões do país; Agronegócio puxa o Centro-Oeste, que se destaca com alta de 55,6%.
Mesmo com aumentos do diesel e incertezas políticas, o Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), que representa 65% de tudo que é transportado pelo país, fechou o ano de 2022 com crescimento de 27% no volume de fretes em comparação com o ano de 2021. Os números são da 9ª edição do relatório Fretebras.
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O estudo mostra que apesar da conjuntura econômica, os setores de produtos industrializados, construção civil e agronegócio puxaram também os negócios da Fretebras. No período, a plataforma movimentou R$ 103 bilhões, com um total de 10 milhões de fretes transportados.
Para 2023, a expectativa é que o crescimento continue: “Esperamos um aumento considerável no volume de fretes embarcados e, naturalmente, uma procura ainda maior por soluções digitais para auxiliar na contratação de motoristas como a Fretebras oferece”, diz Bruno Hacad, Diretor de Operações, da Fretebras.
Ranking
O estudo traz como destaque a região Centro-Oeste, que obteve a maior variação positiva no volume de fretes, 55,6%, graças ao agronegócio. A região registrou no ano passado um número 16% superior na produção de grãos quando comparado a safra 2020/21, de acordo com a Conab.
Todas as demais regiões também apresentaram crescimento. O ranking é seguido por Sudeste (28,6%), Norte (20,4%), Sul (17,9%), e Nordeste (12,1%).
O Centro-Oeste também compõe os estados com maior crescimento no volume de fretes na Fretebras: Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul.
a capital do país, os fretes da construção representaram 65% dos fretes, tendo o cimento como produto mais transportado, com origem no Distrito Federal. O crescimento de ambos na plataforma, comparando 2022 contra 2021, fica em mais de 300%.
O estado goiano, por sua vez, teve a maior representatividade no volume de fretes na categoria do agronegócio: cerca de 50% do total em 2022. Produtos industrializados também tiveram destaque, puxados pelos “alimentícios”, produto mais transportado com origem no Goiás.
No Mato Grosso do Sul, a produção agrícola em 2022 superou em cerca de 14% a registrada na safra de 2021. Na plataforma da Fretebras, o agronegócio representou 55% dos fretes no estado em 2022. Destes, 60% foram compostos pelo milho, seguido pela soja, com 15% dos fretes.
“Vemos que a região Centro-Oeste foi o grande destaque desta edição do relatório Fretebras. O agro em 2022 foi totalmente impulsionado pela região que aumentou suas produções de soja e milho, enquanto a região Sul sofreu no começo do ano com as estiagens”, completa Hacad.
Dentre os estados mais representativos no volume de fretes, estão: SP, MG, PR, RS e GO. Destaque para MG e GO que obtiveram aumento de 2,1 p.p e 1,6 p.p, respectivamente. Enquanto isso, SP e PR registraram queda de cerca de 1,5 p.p.
Análise setorial
Agro – Os fretes do agronegócio representaram 36,3% dos transportes registrados na Fretebras no ano de 2022. Isso significou um volume de R$ 37 bilhões distribuídos. Em comparação com o ano de 2021, houve aumento de 25,9%.
Fonte: Datagro