Imagem: Pixabay
Utilizados como alternativas aos antimicrobianos, óleos essenciais, probióticos, prebióticos e ácidos orgânicos atuam na melhora do sistema imunológico e na saúde intestinal dos animais.
Para promover a saúde única e integrada entre meio ambiente, seres humanos e animais, a cadeia produtiva de proteína animal mundial tem buscado contribuir por meio de ações promovidas por diversos profissionais das mais diferentes áreas, para amenizar o risco apresentado pela resistência antimicrobiana (RAM), que é a capacidade de um microrganismo de resistir aos efeitos de um medicamento, que se torna ineficaz, fazendo com que as infecções persistam. Como resultado, a RAM representa uma ameaça crescente à saúde pública mundial e requer ação de todos os setores do governo e da sociedade.
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Conforme explicado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) anteriormente, o estudo da resistência bacteriana é complexo. Infecções causadas por bactérias frequentemente são tratadas com terapia antimicrobiana inadequada, aumentando a chance de fracasso no tratamento e a mortalidade dos animais. Na produção animal a ocorrência de genes de resistência aos antimicrobianos no ambiente agropecuário pode estar relacionada ao uso inadequado de antimicrobianos, por isso, diferentes abordagens nutricionais podem minimizar a dependência da utilização de antimicrobianos, como o uso de eubióticos, aditivos alimentares que desempenham um papel chave na saúde animal, promovendo uma microflora equilibrada, melhora no trato gastrointestinal, status sanitário e desempenho. Dentre os eubióticos destaca-se os óleos essenciais, probióticos, prebióticos e blends de ácidos orgânicos.
Óleos essenciais
Óleos essenciais são compostos bioativos naturais derivados de plantas. Na saúde animal eles têm sido aliados na alimentação e nutrição, agregando efeitos antimicrobianos, anti inflamatórios, antioxidantes e imunomoduladores à ração. São utilizados principalmente os óleos que possuem carvacrol, timol, cinamaldeído, citral e eugenol em sua composição, como os óleos de canela, cravo, louro, citronela, manjericão, orégano, tomilho, rosas, verbena, manjerona, capim-limão, cidreira e jasmim. Esses componentes podem ser eficazes no aumento da digestibilidade e imunidade, e promovem a saúde intestinal ao minimizar o efeito das bactérias infecciosas e controlar o odor e a emissão de amônia. Além disso, estudos in vitro indicam que óleos essenciais aumentam o grupo de “bactérias boas” e diminuem “bactérias ruins” em leitões.
Probióticos
Assim como os humanos, os animais também se beneficiam do uso de probióticos, “bactérias boas” capazes de colonizar e modular a microbiota intestinal sem causar danos, melhorando seu funcionamento. Na saúde humana pensamos logo nas marcas mais famosas de leite fermentado, ou até mesmo no kefir e kombucha que ganharam muitos adeptos nos últimos anos. Já na saúde animal as mais importantes são os Lactobacillus, Bifidobacterium e Enterococcus, pois trazem benefícios para leitões lactentes e também no período pós-desmame, enquanto os Bacillus subtilis apresentam resultados mais efetivos na colonização intestinal dos animais nas fases subsequentes.
Prebióticos
Prebióticos são oligossacarídeos (carboidratos) não digeríveis que estimulam o crescimento e/ou a atividade de “bactérias boas” no intestino, modulam a resposta imune e promovem a adsorção de algumas micotoxinas (substâncias tóxicas produzidas por fungos). Seu uso na suinocultura se dá em dietas reprodutivas, de creche e terminação, sendo as leveduras e seus componentes os principais representantes desta categoria.
Blends de ácidos orgânicos
Os blends de ácidos orgânicos têm a capacidade de acidificar o meio e reduzir o pH gástrico, refletindo no aumento da atividade enzimática proteolítica e melhora na digestibilidade dos nutrientes, sendo usados também para modular a flora intestinal do plantel reprodutivo, reduzir a excreção de agentes patogênicos pelas matrizes e consequentemente a contaminação dos leitões, além de minimizar a ocorrência de infecções genitais e urinárias em matrizes, melhorar desempenho de animais de creche, minimizar a ocorrência de problemas intestinais na terminação, e no controle e prevenção das infecções bacterianas.
Fonte: Notícias Agrícolas