Imagem: Pixabay
“Tecnicamente a cotação de dezembro rompeu a linha de resistência que havia a US$ 8,80/bushel e fechou 10 cents acima, no limite máximo do que podia subir no dia. Na sessão noturna, subiu a 919,50 e fechou a 905,75 com 15,75 cents acima do fechamento diurno de ontem. A principal notícia a ser seguida é a possibilidade de rompimento ou não do acordo de grãos no Mar Negro”, afirma o analista sênior da TF, Luiz Pacheco.
Se a Rússia realmente romper o acordo e o escoamento de grãos de milho e trigo da Ucrânia tiver que ser interrompido, aponta ele, o potencial de alta do mercado é o mesmo em que já esteve no início da guerra: chegar até US$ 1275/bushel, trazendo de volta os bons preços que foram perdidos pelo mercado brasileiro.
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“Se isto acontecer, as Tradings irão voltar a oferecer preços maiores e um grande volume de trigo brasileiro poderá ser escoado, alterando completamente o ritmo em que vinha o mercado de trigo no país até esta terça-feira. Mas, conversando com um Trader russo, ele nos disse que o impacto não deverá ser total, ainda, porque o acordo irá até novembro e ele não acredita que haja uma ruptura antes disso. Então, seria hora de aproveitar a alta”, revela Pacheco.
Outro aspecto a ser acompanhado, pontua o especialista, é a cotação de Dezembro de 2023 (da safra 2022/23), que também subiu 46 cents/bushel junto com a cotação de dezembro de 2022 e poderá cair, assim como esta cotação subiu entre fevereiro e maio dste ano e depois caiu. “Então, nosso conselho é aproveitar para fixar os preços do trigo da safra 22/23 nesta semana”, conclui.
Por: Leonardo Gottems | Agrolink